Descobertas renovam a esperança de uma vida melhor para o homem

Iracema Barreto - Do Hoje em Dia
21/02/2013 às 16:35.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:13
 (Arquivo)

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Ainda há muito a desafiar o conhecimento humano, como alguns tipos de câncer, os males de Parkinson e Alzheimer, a possibilidade de vida em outro planeta, a busca de novos recursos energéticos, só para citar algumas lacunas, sobre as quais, neste exato momento, milhares de pesquisadores se debruçam, em busca de respostas. A cada descoberta da ciência, porém, a esperança se renova.

As pesquisas com células-tronco, por exemplo, já permitiram a substituição de órgãos doentes em alguns pacientes. Além disso, desde que o Hoje em Dia nasceu, há 25 anos, a lista de conquistas mostra que a ciência avança cada vez mais na busca por formas de melhorar e prolongar a vida humana.

As viagens espaciais nos ajudaram a entender melhor o Universo; novos medicamentos no mercado nos permitiram amenizar e por vezes curar – muitos males; com o mapeamento genético vieram novas perspectivas de achados científicos capazes de salvar vidas.

E tem ainda a descoberta de água na Lua, abrindo caminho para projetos de povoamento e causando impacto na sociedade, mesmo que muita gente não tenha ainda se dado conta, assim como ocorreu quando vieram à tona os fundamentos da mecânica quântica e da teoria da relatividade, há 100 anos.

Por falar no assunto, para o doutor em Ciências pela USP, Ulisses Capozzoli, o desenvolvimento dos estudos relativos à mecânica quântica nos últimos anos fizeram diferença e levaram a um novo patamar de pensamento não só no campo da “física clássica” como também em outras áreas. “Fizemos um mergulho abissal na ciência com a física quântica, que tem subjetividade muito grande”, reforça. “Com ela, a física ganhou movimento. Foi uma revolução em nossas noções de matéria e causalidade e na forma de estudar a natureza das coisas. Foi ela que permitiu decifrar o genoma humano, os avanços em microbiologia”, enumera.

A física ou mecânica quântica surgiu no fim do século XIX e início do século XX, estudando os eventos que ocorrem nas camadas atômicas e subatômicas, ou seja, entre as moléculas, átomos, elétrons, prótons e outras partículas que não tinham sido eram analisadas até então.

Um "mico" científico colocou na berlinda a teoria de Albert Einstein

Em junho de 2012, nove meses depois do anúncio que causou rebuliço no meio científico, pesquisadores do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern) tiveram que voltar atrás. Novos testes confirmaram que os neutrinos (partículas subatômicas quase sem massa e de carga elétrica nula) não viajavam a uma velocidade maior do que a da luz. A confirmação sepultou de vez a ideia de que Albert Einstein e sua Teoria da Relatividade haviam sido superados.
 
Na ocasião, foi divulgado que os neutrinos enviados do laboratório subterrâneo do Cern (Genebra) ao de Gran Sasso (Itália) levaram 60 nanossegundos a menos do que a luz para percorrer a distância de 732 quilômetros.

Grande parte da física moderna é baseada na Teoria da Relatividade do alemão. Ela sustenta que nada pode superar a velocidade dos feixes luminosos. Problemas no equipamento usado para os testes teriam levado ao equívoco.

Democratizar os benefícios ainda é um grande desafio

Premiada duas vezes pelo Capes por sua busca de uma vacina contra o câncer, a pesquisadora mineira Caroline Furtado Junqueira, de 31 anos, do Centro de Pesquisas René Rachou/Fiocruz destaca que um dos desafios da ciência é transformar o resultado dos estudos realizados em produtos acessíveis para a população. “A burocracia para passar de uma etapa a outra de trabalho é muito grande”, lamenta. “Além disso, os custos de regulamentação são muito altos e as descobertas acabam na mão dos grandes laboratórios.

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