A importância dos empreendedores para a economia brasileira

Hoje em Dia
17/09/2013 às 06:33.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:28

A Fundação Dom Cabral vem publicando, em parceria com as editoras Campus/Elsevier, a série Grandes Empreendedores Brasileiros. O último livro, lançado dia 9 deste mês em Uberlândia, traz a biografia empresarial de Alair Martins do Nascimento, fundador do Grupo Martins, maior distribuidor de produtos do Brasil. Livros anteriores, também escritos por Sônia Diegues em coautoria com outros professores da FDC, trataram de empresários que, como Alair, começaram um negócio modesto e souberam conduzi-lo até se tornarem os mais importantes de sua área de atuação.

São histórias de sucesso de empresários que trabalharam duramente ao longo de dezenas de anos, criando empregos e gerando riquezas. E que só ganharam reconhecimento nacional depois de uma longa trajetória quase no anonimato. Nesse aspecto, são casos bem diferentes da história de Eike Batista, que já foi classificado pela revista Forbes, dos Estados Unidos, como o homem mais rico do Brasil. Foi relativamente breve o seu percurso empresarial – mas muito intensa a sua exposição na imprensa –, antes de chegar a essa posição de grande destaque. E que não se sustentou por muito tempo.

Agora mesmo foi anunciada a venda do controle acionário de mais uma de suas empresas, a LLX, do setor de logística. O comprador é a EIG Management Company, dos Estados Unidos, que possui projetos em 33 países. Em entrevista publicada ontem pelo “Wall Street Journal”, Eike Batista atribuiu as dificuldades de seu grupo às falhas de gestão cometidas por executivos selecionados entre os astros de suas áreas, à impaciência dos investidores e à falta de sorte. “Eu estou comendo vidro”, exagerou.

Quem ler o livro “Alair Martins do Nascimento – A aposta na confiança e no relacionamento”, direcionado principalmente a empresários, executivos e estudantes de gestão, certamente vai descobrir outras causas para a ascensão e queda desse empresário brasileiro. Uma queda que não é definitiva, pois Eike Batista tem amplas possibilidades de aprender com os erros e se recuperar. No entanto, na entrevista ao principal jornal de economia dos EUA, afirma: “Se você olhar para o meu mapa astral, esse período não foi favorável para mim. A boa fase? Ela já começou, literalmente, neste mês”. Talvez ele precise de mais esforço para convencer disso os investidores, mas seria muito bom para o Brasil se Eike Batista conseguisse produzir riquezas e gerar empregos, como tantos outros.

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