Acervo fotográfico e mobiliário do La Greppia serão colocados à venda

André Santos
01/11/2021 às 20:33.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:10
 (Lucas Prates / Arquivo Hoje em Dia)

(Lucas Prates / Arquivo Hoje em Dia)

O fechamento do La Greppia, anunciado nesta segunda-feira (1), também marca o fim da possibilidade de muitos belo-horizontinos de contemplarem imagens de como era o cotidiano e a paisagem da capital mineira no início do século XX. Pelas paredes do restaurante, clientes podiam contemplar imagens da BH antiga e outras fotos que mostravam os ex-presidentes Juscelino Kubitschek (1902-1976) e Itamar Franco (1930-2011) em cenas cotidianas.

Outro charme do local está no mobiliário, composto de  mesas e cadeiras desenhadas pelo arquiteto mineiro Gustavo Penna. Tanto o acervo de fotos como o mobiliário  serão colocadas à venda pela direção do La Greppia. Para Raí Paradela, a medida é uma saída para tentar diminuir os prejuízos com o fechamento do restaurante. “Muitos dos nossos clientes têm um apelo emocional tanto em relação às imagens como ao mobiliário. Eles contam uma história, são parte da cidade. Por isso, resolvemos vender este acervo”, destaca Raí Paradela.Lucas Prates / Arquivo Hoje em Dia / 06-02-2017

O fechamento do La Greppia também põe fim a um espaço que, durante muitos anos, serviu como local de exposição de obras de arte assinadas por artistas plásticos de BH

O fechamento do La Greppia também põe fim a um espaço que, durante muitos anos, serviu como local de exposição de obras de arte assinadas por artistas plásticos de BH. Edson Luiz, de 45 anos, foi um dos que puderam expor seus quadros no restaurante. Cliente do La Greppia desde a fundação, em 1996, Edson lamentou o fechamento do espaço. “Vai fazer muita falta. Era um espaço que era muito mais do que um restaurante, era um local de encontro de pessoas que gostavam de estar lá para apreciar o local como um todo, pela comida, pelos quadros, pela localização”, conta.

Para o presidente do Sindibares-BH, Paulo César Pedrosa, o fechamento do restaurante representa mais uma passo para o fim de um tipo de serviço na capital, o dos estabelecimentos que funcionam 24 horas. “É um tipo de casa que se fecha e não terá outra para substituir”, lamenta. 

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