Após recuperação judicial, apenas uma em cada quatro empresas sobrevive

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
07/10/2016 às 16:09.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:08
Com isso, o indicador acumula taxa de inflação de 3,01% em 12 meses (Reprodução)

Com isso, o indicador acumula taxa de inflação de 3,01% em 12 meses (Reprodução)

A Serasa Experian divulgou nesta sexta-feira (7) um estudo que revela que das 3.522 empresas de todos os portes e segmentos em processo de Recuperação Judicial Deferida no país, entre junho de 2005 e dezembro de 2014, 26,9% tiveram seus processos encerrados, ou seja, 946 companhias. Desse total, 728 tiveram a falência decretada e 218 companhias conseguiram voltar à ativa. 

Os números mostram que, a cada quatro empresas que passaram pelo processo, uma conseguiu retomar suas atividades, uma taxa de 23%. Os outros 73,1%, que representam 2.576 empresas, ainda estão com processos em andamento nos tribunais. 

Se for considerado o total de companhias acompanhadas no período, 6,2% tiveram seus pedidos aceitos, julgados e resolvidos no processo de recuperação. Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, essa taxa de 23% verificada nos casos dos processos que, de fato, foram encerrados, está longe da ideal, mas pode ser considerada representativa, já que algumas empresas solicitam o processo quando, na realidade, já estão numa situação irrecuperável. “Se ela já está nesse estágio, fica cada vez mais difícil que consiga concluir a sua recuperação e voltar ao mercado. O pedido de recuperação judicial da companhia deve ser requerido quando os primeiros sinais de problemas financeiros começam a ficar evidentes”, afirmou.

Entre as 218 companhias recuperadas, 206 estão ativas e em operação, enquanto 11 tiveram o CNPJ baixado e 1 teve o registro suspenso. 

Tempo de recuperação

O estudo também revelou que o tempo médio de recuperação para empresas que entraram em Recuperação Judicial Deferida é de quatro anos e sete meses. Segundo os especialistas da Serasa Experian, o sucesso ou o fracasso de um processo de Recuperação Judicial depende, inclusive, da qualidade do plano de recuperação aprovado para elas e do sucesso de sua execução. Para buscar reduzir o tempo de recuperação, é importante que o plano proposto pela empresa seja realmente viável e busque considerar também as expectativas dos credores. Assim, poderá assegurar a sua aprovação e cumpri-lo integralmente nos prazos aprovados. 

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