Apesar dos números negativos da indústria, setores produtivos mantêm a confiança

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
02/09/2021 às 20:23.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:48
 (Arquivo Pessoal)

(Arquivo Pessoal)

A queda na produção indústria foi puxada, principalmente, pelo setor de bebidas, que apresentou retração de 10,2% no país após três meses consecutivos de taxas positivas. O segmento acumula alta de 11,7% em 2021. 

Ao avaliar o resultado, o presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindibebidas-MG), Mário Morais Marques, entende que a queda – já tradicional em julho – será compensada pelo aumento da demanda esperada para o último trimestre de 2021. “Existe uma sazonalidade no mercado, e entendemos que haverá uma retomada gradual dos índices de produção. Até em função disso, mesmo com o recuo, estamos mantendo a previsão de crescimento de 7% para o ano”, afirma o dirigente, produtor de cachaça.

 Bens de consumo

Os dados do IBGE, divulgados ontem, mostraram também que a produção de bens de consumo permaneceu em queda em julho – diminuiu 2,7% em relação a junho – e já acumula perdas de 23,4% em 2021.

Outras contribuições negativas importantes para o fraco resultado da indústria foram dos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,8%), de máquinas e equipamentos (-4,0%), de outros equipamentos de transporte (-15,6%) e de indústrias extrativas (-1,2%). 

Entre as categorias de produção, a maior queda foi na de bens de consumo, que recuou 2,7% e registrou o sétimo mês consecutivo de perdas, que já somam 23,4% no ano.

Para a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), as quedas já eram esperadas, já que, com o avanço da vacinação e a maior circulação, as pessoas passam a procurar mais serviços que bens de consumo. “Estamos passando por uma fase de ajuste, depois de meses de retomada muito forte, no 2º semestre do ano passado. Parte dos ganhos alcançados por alguns setores nesse período agora serão perdidos, mas tudo dentro da normalidade”, explica o economista da Fiemg, Marcos Marçal. 

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