Bancos privados "descobrem" o crédito universitário

Iêva Tatiana - Do Hoje em Dia
27/01/2013 às 08:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:13
 (Toninho Almada/Hoje em Dia)

(Toninho Almada/Hoje em Dia)

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do Ministério da Educação repassado pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil, deixou de ser a única alternativa de crédito para estudantes que não conseguem bancar as mensalidades de uma faculdade particular.

Bancos e empresas privadas descobriram o segmento do financiamento universitário e já operam linhas de longo prazo com juros que podem ir de zero (quando a escola parceira subsidia parte da mensalidade) a 3,4% ao ano.

Por ser um programa público de crédito, o Fies ainda oferece as melhores condições quanto aos prazos de pagamento (em até 13 anos) e carência (de 18 meses após a formatura). O juro, no entanto, de 3,4% ao ano, está acima da média praticada pelos bancos privados.

O Pravaler, programa de crédito universitário da Ideal Invest, em parceria com o banco Itaú, é um dos mais agressivos programas privados de crédito. De acordo com o diretor de Marketing da Ideal Invest, Rafael Baddini, o Pravaler possui convênio com mais de 100 cursos em 49 municípios de Minas Gerais.

Juro zero

Em Belo Horizonte, o Centro Universitário UNA, o Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH) e a Universidade Presidente Antônio Carlos integram um programa criado pela Ideal Invest para reduzir a taxa de juro mensal, que varia de zero a 1,99%.

“Nesse programa, a escola banca parte dos juros para o aluno e, em alguns casos, a taxa é zero. Isso fez com que aumentássemos nossa participação de mercado”, diz Baddini.

Atenção

Para o professor de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras Eduardo Gomes Oliveira, o recente movimento de redução dos juros bancários aumentou a competitividade dos créditos universitários privados.

“Os bancos oferecem taxas intermediárias para quem não conseguiu o Fies, mas é preciso tomar cuidado para não ficar inadimplente, senão, essas taxas podem ser semelhantes às do cartão de crédito e do cheque especial”, afirma Oliveira.

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