Imóveis que pertenceram ao extinto Banco Econômico serão leiloados pela internet, por meio de pregão organizado pelo site Superbid (superbid.net), especializado na comercialização de ativos para empresas.

Em Minas Gerais, 12 apartamentos e cinco casas, com valores entre R$ 30 mil e R$ 144 mil, somam um montante de mais de R$ 1,5 milhão em bens. No entanto, como a maioria deles ainda está ocupada, a expectativa é a de que o leilão arrecade aproximadamente R$ 500 mil.

No Estado, os imóveis estão distribuídos nos municípios de Belo Horizonte, Contagem e Santa Luzia, na região metropolitana; Araguari, no Triângulo Mineiro, e em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, que possui a única residência desocupada.

Os lances podem ser feitos até as 15h33 do próximo dia 30. Os organizadores esperam que sejam vendidos, em Minas Gerais, 25% dos imóveis. Além de casas e apartamentos, há galpões industriais. Os bens que não forem vendidos podem ser colocados novamente em leilão.

“Além do estado de conservação que varia de imóvel para imóvel, o fato de estar ocupado pode prejudicar as vendas. Ainda assim, os lotes leiloados em Minas costumam ter boa adesão dos compradores, que são consumidores finais, mas também grandes investidores”, afirma o sócio do Superbid, Pedro Barreto.

Abrangência

Em todo o país, 94 imóveis do Banco Econômico serão leiloados em seis estados, além de Minas Gerais. São eles: São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro e Pará.

O lance inicial máximo chega a R$ 312 mil, para um imóvel com terreno de 130 metros quadrados em Santo André, na Grande São Paulo.

Os organizadores do leilão alertam que os interessados devem, sempre que possível, visitar os imóveis de interesse antes de realizar os lances. A orientação é consultar o cartório da cidade em que o imóvel está localizado, verificar se toda a documentação está em dia e se não há impostos vencidos, como o IPTU.

A maior parte dos lotes leiloados é fruto de ações de execução. Além disso, há imóveis envolvidos em processos de usucapião, o que gera o risco de o comprador perder na Justiça o imóvel adquirido.

Quebra

O Banco Econômico foi fundado em 1834, em Salvador. A instituição quebrou depois da implantação do Plano Real, quando sofreu intervenção do Banco Central, em 1995.

A liquidação judicial foi decretada em 1996. Em 2014, o Tribunal Regional Federal condenou ex-diretores do banco a sete anos de prisão por crimes contra o sistema financeiro. Em 2013, o patrimônio negativo da empresa já era de R$ 765 milhões. 

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