Carnaval sem crise nas agências de turismo

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
13/01/2016 às 07:05.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:00
 (Carlos Henrique)

(Carlos Henrique)

Os foliões que não decidiram para onde viajar no Carnaval ainda têm opções. Mas é bom preparar o bolso. À exceção de promoções isoladas, os preços dos pacotes estão cerca de 10% mais altos, segundo cálculos da Associação Brasileira de Agências de Viagens em Minas (Abav-MG). Os destinos mais procurados para passar a festa de Momo são Rio de Janeiro e praias do Nordeste.

“Nos pacotes nacionais, a alta de 10% é resultado da inflação e do aumento dos custos operacionais. Já nos pacotes internacionais, houve até redução do preço em dólar. Mas, após a conversão, por causa do câmbio desfavorável, o valor também fica mais caro”, diz o presidente da Abav-MG, José Maurício de Miranda Gomes.

Segundo ele, a crise não jogou água no chope dos foliões. E o calendário ainda ajudou a colocar o pessoal na estrada e no avião. “O Carnaval mais próximo de janeiro dá aquela sensação de ampliação de férias. Já quando cai em uma semana mais distante perde o elo”, diz.

A estimativa do setor é de crescimento de 5% nas vendas, na comparação com a data em 2015. “Mesmo com o momento complicado da economia, as vendas têm reagido bem e, pelo andar da carruagem, vamos ir além da expectativa”, afirma Gomes.

A Abav nacional está ainda mais animada com a folia. De acordo com o presidente Edmar Bull, as agências de turismo estão prevendo 25% de crescimento em vendas.

“O temor por qual seria a extensão da crise no princípio de 2015 refreou muito as vendas no Carnaval do ano passado. Mas, quando a folia acontece mais cedo, como em 2016, as vendas ficam mais aquecidas por estarem dentro ainda da temporada de férias”, diz. Segundo Bull, alguns resorts do Nordeste não têm vagas há mais de um mês.

Aquecimento

Na CVC, uma das maiores do país, a procura por pacotes no Carnaval começou a ficar mais aquecida somente no início de 2016, apesar de a operadora ter iniciado as vendas há cerca de seis meses. A empresa ainda tem vagas para Salvador, destino preferido de quem gosta do ritmo do axé, com saída de Belo Horizonte. O preço é a partir de R$ 2.738 por pessoa em apartamento duplo, sete noites de hospedagem, translado e direito a um passeio.

Já para Porto Seguro, o valor começa em R$ 1.798. Se a opção for Natal, o turista terá que desembolsar pelo menos R$ 1.998 pelo pacote com aéreo e duração de uma semana.

O movimento também esquentou na Master Turismo. “Após a virada do ano, a procura ficou mais acentuada. E o movimento das vendas em janeiro está bom”, diz a gerente de Lazer da empresa, Alexandra Peconick. Segundo ela, os pacotes mais baratos já foram vendidos, mas ainda há opções para bolsos e gostos diversos.

“Por insegurança em relação ao cenário econômico, as pessoas estão demorando mais para fechar as viagens. Mas, apesar da crise, estão se organizando e vão viajar”, afirma Alexandra.

Na Master, o cliente encontra pacotes para Porto Seguro com sete noites em em hotel três estrelas por a partir de R$ 1.800. A empresa parcela o pagamento em até dez vezes.

Ritmo acelerado

Na Acta Turismo, no bairro Mangabeiras, as vendas estão em ritmo acelerado. “Restam poucos lugares”, diz o supervisor Saulo Corte.

Segundo ele, após vendas mornas em novembro e dezembro, este ano começou com a demanda mais quente.

A agência tem pacotes para João Pessoa (a partir de R$ 2.100 por pessoa, em apartamento duplo) e Fortaleza (a partir de R$ 1.800). Se a opção for Buenos Aires, o consumidor terá que gastar US$ 780 por quatro noites em hotel de categoria três estrelas.

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