Cemig estrutura emissão de debêntures para rolar dívida

Tatiana Moraes - Do Hoje em Dia
31/08/2012 às 06:55.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:54
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

A Cemig está estruturando uma segunda emissão de debêntures para este ano, com o objetivo de rolar dívidas que vencem no curto prazo. A informação foi passada pelo diretor de Finanças e Relações com Investidores, Luiz Fernando Rolla, em São Paulo, e confirmada ao Hoje em Dia pela secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico e presidente do Conselho de Administração da Cemig, Dorothea Werneck.

Nos próximos 12 meses, vencem dívidas da Companhia que totalizam aproximadamente R$ 3 bilhões. Debêntures são títulos de crédito, emitidos por uma empresa, com o objetivo de levantar recursos.

Os títulos lançados pela Cemig serão de longo prazo, segundo Rolla. “Temos uma proposta para fazer uma emissão de 12 anos”, disse. A Cemig já fez uma primeira emissão de debêntures no Novo Mercado da Anbima. Segundo Rolla, esses títulos têm sido bastante negociados no mercado secundário, com movimento “muito próximo das ações da Cemig”.

AQUISIÇÃO

Light e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) firmaram mais uma parceria. Controlada pela mineira, que detém 49% do empreendimento, a distribuidora carioca concluiu a aquisição de 51% da Sociedade de Propósito Específico (SPE) Guanhães Energia. O investimento foi de R$ 25 milhões, pagos à antiga detentora, Investminas Participações S/A. A Guanhães Energia possui autorizações pelo prazo de 30 anos, com direito a prorrogação, para a construção e exploração de quatro Pequenas Centrais Elétricas (PCHs) em Minas Gerais.

O PROJETO

As usinas Senhora do Porto, Dores de Guanhães, Jacaré e Fortuna II somam 44 megawatts (MW) de potência instalada e 25,03 MW de potência física. A primeira delas entrará em operação comercial em outubro do ano que vem. A última, em fevereiro de 2014. As três primeiras estão localizadas em Dores de Guanhães, na região do Rio Doce. Fortuna II está em Virginópolis, na mesma região.

NEGÓCIO CERTO

A energia gerada pelas PCHs será vendida para a Cemig, segundo o diretor de Energia e de Desenvolvimento de Negócios da Light, Evandro Leite Vasconcelos. “É uma energia incentivada, que tem boa aceitação das indústrias”, afirmou. O consórcio responsável pelas obras das usinas já foi definido e assinará o contrato em breve. A construção deve gerar entre 500 e 1 mil empregos diretos, conforme afirma o diretor.

“As PCHs são muito competitivas e viáveis. Porém, têm que ser geridas por empresas que entendem de energia”, afirma. O fato de as PCHs gerarem energia limpa também foi mencionado por Vasconcelos como vantagem do empreendimento.

LEILÕES

Ainda de acordo com ele, Cemig e Light estudam novos projetos de PCH para entrar em leilões A-5. Localizada entre Minas e o Rio de Janeiro, no Rio Paraíba do Sul, a PCH de Itaocara seria uma opção para os certames. A usina possui 151 MW de capacidade e receberá R$ 800 milhões em investimentos caso saia do papel. “A licença prévia demorou 12 anos para sair. Esperamos a decisão do Ministério de Minas e Energia para restabelecer o início da concessão”, disse. (* Com agência)

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