Cemig se une à colombiana EPM para entrar na disputa pela Isagén

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
07/03/2014 às 19:54.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:29
 (Divulgação)

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A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) encontrou um parceiro para entrar na disputa, no mês que vem, pela Isagén, empresa colombiana de energia que será leiloada pelo governo daquele país. A escolhida pela concessionária mineira é a Empresas Públicas de Medellín (EPM). A informação foi divulgada na noite desta sexta-feira (7) por meio de Comunicado ao Mercado encaminhado pela companhia mineira, que procurava um sócio para entrar no negócio.   Em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia, o presidente da estatal, Djalma Bastos de Morais, havia afirmado que a compra deveria girar em torno de R$ 2 bilhões.   A EPM é um grupo constituído por 58 empresas. Destas, 38 estão localizadas na América Central, México, Estados Unidos, Espanha e Chile, onde a Cemig opera linhas de transmissão. As outras 20 estão na Colômbia. A companhia atua nos setores de energia elétrica, telecomunicações, gás e água.   Perfil da EPM   No setor de energia elétrica, a EPM responde por 23% do mercado de geração, 6% de transmissão e 25% de distribuição e comercialização da Colômbia. Entre suas obras em execução mais importantes se destaca o projeto Ituango, que será a maior central hidrelétrica da Colômbia, com 2.400 megawatts (MW) de capacidade instalada.   Ao disputar a Isagén, a companhia mineira reafirma sua estratégia de internacionalização. Além disso, a operação faz parte do plano de aquisições de novas usinas para recompor as perdas decorrentes da não renovação antecipada da concessão de 21 hidrelétricas em virtude da alteração da legislação.    Porte   A Isagén possui seis centrais de geração, sendo 86,43% de matriz hidráulica e 13,57% de térmica. Sua capacidade instalada total é de 2.212 MW, dos quais 1.912 MW são provenientes de fonte hidráulica e 300 MW de fonte térmica. O porte enche os olhos da mineira que, somente com São Simão, a maior da Cemig, pode perder 1.400 MW.    “Será necessário repor esses ativos de alguma maneira. Se a Cemig conseguir bater os demais concorrentes, seria ótimo”, afirma o coordenador-geral do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde Castro.   Os concorrentes, aliás, são um problema à parte. Brigam pelo controle da Isagen gigantes do setor como Duke, Suez e AES, além de Gas France e Celsia, a quarta maior empresa de energia da Colômbia. 

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