Centrais sindicais vão propor 11 temas de debate ao governo

Estadão Conteúdo
31/08/2015 às 16:06.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:34

As centrais sindicais vão divulgar nesta segunda-feira (31), uma nota conjunta ao governo com reivindicações sobre o fórum de debates sobre Trabalho e Previdência, que o governo Dilma Rousseff vai instalar na próxima quarta-feira (2). Os presidentes das seis entidades (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB) afirmam que "não permitirão" ataques aos direitos e tentativas de mudanças que "prejudiquem a classe trabalhadora". No documento, a que a reportagem teve acesso, os sindicalistas propõem 11 temas de debate ao governo - nenhum deles envolve mudanças na Previdência Social, que são justamente as medidas que o governo tem preparado para apresentar aos sindicalistas.

O governo quer reduzir seus gastos com a aposentadorias pelo INSS. Há planos de instituir idade mínima para aposentadoria e também, como revelou a reportagem na semana passada, a elevação do prazo mínimo de 12 para 24 meses de contribuição ao INSS para ter acesso à aposentadoria por invalidez, além de medidas para qualificar o trabalhador beneficiado pelo auxílio doença. Na semana passada, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, confirmou que o governo tem "medidas prontas" para apresentar aos sindicalistas e empresários (que também fazem parte do fórum que será instituído) com mudanças nas Previdência.

As centrais sindicais, no entanto, querem discutir outros assuntos. Entre os 11 pontos apresentados na nota estão: combate à inflação, redução da taxa básica de juros, aumento do investimento público e privado em infraestrutura, "política cambial que incentive a produção e a competitividade do produto nacional, especialmente o industrial" e "fortalecimento do Ministério do Trabalho visando o incentivo ao diálogo e melhorias na fiscalização".

Assinam a nota os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT, da Força Sindical (Solidariedade e PDT), da União Geral dos Trabalhadores (UGT), com integrantes ligados ao PSD e ao PV, e também os líderes da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), braço sindical do PC do B e do PSB, da Central de Sindicatos Brasileiros (CSB), ligada ao PMDB, e a Nova Central (NCST).
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