Comércio mantém harmonia entre novo e tradicional

Giulia Mendes - Hoje em Dia
08/07/2015 às 06:29.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:48
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

Desde a inauguração como sede administrativa, em 1897, Belo Horizonte mostra sua vocação para o comércio. O processo de evolução da cidade se confunde com a expansão varejista. Hoje, lojas antigas, precursoras desse movimento, se reinventam para conviver em equilíbrio com o que há de mais moderno no comércio, sem perder a tradição. No próximo dia 16, é comemorado o Dia do Comerciante.

A rua da Bahia, referência de comércio e ponto de encontro da boemia, abrigou por cerca de 30 anos o Café Bahia, hoje na rua Tupis. Ronaldo dos Santos conta como surgiu o negócio, em 1937, passado de pai para filho. “Meu pai, João Inácio, vendia leite de porta em porta nos bairros Sion, Floresta e Santo Antônio, até que surgiu a oportunidade de abrir a lojinha na rua da Bahia. No início, usávamos caixotes como balcão para vender apenas leite e banana”.

Junto com os filhos, ele diz que o atendimento, o capricho e a simplicidade são fundamentais para manter a tradição até hoje, além dos carros-chefe da casa, os bolinho de carne e de bacalhau.

Em família também se manteve a Casa Cabana, fundada em 1952, na avenida Amazonas. A loja, transferida para um local maior em 2013, na Olegário Maciel, reúne milhares de modelos de chapéus e boinas, alguns não mais fabricados e encontrados no mercado. Para atrair mais clientes, os proprietários Soraya e Daniel Joukhadar, sucessores do libanês Elias Joukhadar, investem em um novo mix de produtos e na venda por redes sociais e WhatsApp para não ficar para trás na onda do comércio eletrônico.

“Agora temos produtos de selaria, botas, calças e camisas masculinas e femininas. Aos poucos fomos nos adequando, mas sem perder o charme. Meu pai não aceitava pagamento com cartão, por exemplo, hoje fazemos vendas de todas as formas, até pelo Facebook, Instagram e WhatsApp”, diz Soraya.

O novo

Há sete anos, a marca de roupas, calçados e acessórios Green Co foi criada por Cassius Pereira com a proposta de moda sustentável – que utiliza tecidos 100% orgânicos (fibras de algodão, celulose e bambu) e recicláveis (plásticos reutilizados). O conceito inovador, o design arrojado das lojas e o estilo “hipponga” das peças, como define o outro proprietário, Sormane Parreira, caiu no gosto dos belo-horizontinos e já ganhou espaço país afora.

“Além das lojas na Savassi e no Boulevard Shopping, a Green Co está em Búzios, no Rio de Janeiro, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul e deve ganhar outras seis lojas até o fim do ano”, revela.

“Apostamos num conceito de moda de vanguarda como principal estratégia” Sormane Parreira - GREEN CO


 

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