(Carlos Roberto/Hoje em Dia)
Depois de votar o orçamento para 2013 da Prefeitura de Belo Horizonte, os vereadores da capital pisaram no freio e passaram a travar a pauta do plenário. Na última quinta-feira (6), a reunião nem sequer foi aberta. Pelo segundo dia consecutivo, nenhuma proposta foi analisada.
Nos bastidores, a informação é a de que os vereadores estão insatisfeitos com um projeto de autoria do vereador Edinho Ribeiro (PTdoB), que está na pauta. O texto, apresentado há menos de um mês, tramitou em tempo recorde na Câmara e está aguardando votação.
O texto autoriza a prefeitura a vender ou trocar quase 23 mil m² de áreas públicas. Entre os locais, está um imóvel nas proximidades da praça da Estação, no centro da capital.
“Não vamos votar projeto ‘foguetinho’. É preciso explicar corretamente o que propõe esta proposta e a quem ela interessa”, disse um dos vereadores, que na última quinta esteve na Câmara e que pediu para não ser identificado. Outro questionamento é que esse tipo de projeto precisa ser apresentado pelo Executivo e não por um parlamentar. O Hoje em Dia tentou falar com Edinho Ribeiro, mas ele não atendeu as ligações.
Projetos
Em meio ao impasse, sete projetos do Executivo seguem na pauta e aguardam votação. Entre eles, dois são considerados prioritários pela equipe de governo do prefeito Marcio Lacerda (PSB): o que autoriza a prefeitura a contratar financiamento no valor de R$ 500 milhões, que serão usados na contenção de enchentes, e o que cria a Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo.
Além deles, aparecem na lista projetos de autoria dos vereadores que não foram eleitos e deixarão a Câmara no fim deste mês. Anteriormente, foi fechado um acordo para que eles tenham prioridade na hora da votação. As reuniões no plenário vão até o dia 21.