(Marcelo Prates)
Programada inicialmente para começar a funcionar antes da Copa das Confederações, realizada entre 15 e 30 de junho do ano passado, a Usina Solar Fotovoltaica do Mineirão finalmente entrou em operação. O empreendimento, que recebeu investimentos de R$ 15 milhões e tem capacidade instalada de 1 megawatt (MW), foi conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) no último dia 25 de abril pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
Do montante aportado na usina, R$ 3 milhões foram de capital da própria estatal. O restante foi financiado junto ao Banco de Desenvolvimento da Alemanha, Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW) por uma taxa de 2,6% ao ano. Segundo o contrato firmado com o Mineirão, 10% da energia gerada serão usados no estádio. O restante será injetado na rede.
O superintendente de Energias Alternativas da Cemig, Alexandre Maia Bueno, não considera a extensão no prazo de funcionamento um “atraso”. “Nós estávamos em fase de comissionamento, realizando testes para adequar a usina”, afirma.
Além disso, ele ressalta que “o empreendimento demonstrou complexidades desafiadoras, associadas à arquitetura do Mineirão e à interface com a gigantesca obra de modernização do estádio”.
Os equipamentos da usina passaram por vários testes e inspeções, realizados em conjunto com os fornecedores de acordo com as determinações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Dessa forma, foi possível assegurar a integração ao SIN. No dia 15 de abril foi realizado o último teste, garantindo o atendimento às determinações do Ministério de Minas e Energia e da Fifa, expressas no plano Copa 2014.
Já em funcionamento, o empreendimento tem capacidade para abastecer o equivalente a 1.200 residências, mediante geração de 1.825 megawatts-ano (MW/a). Foram instalados na área útil da cobertura do estádio, que possui 11,5 mil metros quadrados, 5.910 painéis solares. A usina conta, ainda, com uma subestação própria instada no gigante da Pampulha e redes de alimentação exclusivas, conectadas ao sistema Cemig.
O Mineirinho, que também era cogitado pela estatal para receber placas solares, ficou para depois. Conforme Bueno, a cobertura do estádio é menor e, por isso, serão necessários mais estudos de viabilidade.