Com renovação de programas, lojistas de BH acreditam em saída do buraco

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
20/04/2021 às 20:43.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:44
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

A recriação do Bem e do Pronampe, que devem ser definidas por sanção presidencial, pode trazer respiro a muitas pequenas empresas de Belo Horizonte. Um levantamento feito pelo Sindilojas-BH mostra que quatro a cada dez lojistas da capital, por exemplo, não tiveram recursos para arcar com o pagamento dos salários dos funcionários em março.

Com a renovação da possibilidade de reduzir salários ou suspender contratos de empregados, e de obter crédito barato para capital de giro, empresários esperam amenizar parte das perdas e sair do buraco.

Karla Souza é uma das lojistas que enfrenta dificuldades. Dona de uma papelaria, no bairro Jardim Liberdade, no Barreiro, ela teve que pedir paciência aos seis funcionários ao anunciar que os vencimentos atrasariam. “Tenho a empresa há mais de uma década e nunca passei por isso. Ano passado, só consegui manter os seis empregados graças ao programa de suspensão dos contratos. Sem ele e com as portas fechadas, não há como fazer isso de novo”, disse a empresária.

E, em meio à crise, a retomada é vista como algo ainda distante para os lojistas, ainda segundo pesquisa do Sindilojas-BH. Os dados mostram que seis a cada dez empresários acreditam que somente vão conseguir recuperar níveis de antes da pandemia após a vacinação em massa, em um período de sete meses a dois anos. 

Já na indústria, a visão é mais otimista. Para Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, o panorama já deve ficar melhor no fim do 2º trimestre deste ano. “As medidas de auxílio econômico – auxílio-emergencial, BEM e Pronampe – em conjunto com a vacinação vão garantir a retomada, mesmo que ainda mais devagar”, acredita Roscoe.

Orçamento liberado

Outro passo importante para destravar a economia em meio à pandemia foi dado ontem no Congresso. O mesmo PL que recriou o BEM e Pronampe alterou dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, permitindo a execução de projetos que tenham duração específica no ano corrente. 

Isso também faz com que seja dispensada medida compensatória para fazer frente a tal tipo de despesa. Além disso, o PL tira os gastos da pandemia da meta de resultado das contas públicas, excluindo os programas do teto de gastos. Com as mudanças, o projeto viabilizou o acordo para destravar o orçamento de 2021, cuja sanção também deve ser feita nesta quinta pelo presidente Jair Bolsonaro. 

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