Comunidade San Pedro Valley cresce 36% em quatro meses

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
18/02/2014 às 07:45.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:05
 (André Brant/Hoje em Dia)

(André Brant/Hoje em Dia)

A febre das start-ups tomou conta da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Em apenas quatro meses, a quantidade de empresas de base inovadora implantadas na capital e arredores aumentou 36,4%, saltando de 107, em outubro do ano passado, para 146, atualmente, de acordo com estatísticas da comunidade San Pedro Valley. A rápida evolução projeta a comunidade de start-ups criada no bairro São Pedro – em uma alusão ao Vale do Silício, nos Estados Unidos –, no cenário internacional. No ano passado, aliás, eles foram destaque na renomada revista The Economist.

O diferencial do San Pedro Valley, de acordo com Edmar Oliveira Ferreira, co-fundador da Rock Content, é a união dos empresários da cidade.

“Estamos sempre abertos a novas empresas. Damos auxílio, indicamos trabalhos uns aos outros, nos encontramos sempre para um chope, um almoço. É uma grande família”, diz.

O modelo tem dado certo para a Rock Content. Há menos de um ano no mercado, a empresa, que trabalha com marketing digital, já possui 180 clientes. Para o final do ano, a previsão é atingir 500 clientes.

Para chegar ao resultado, a start-up contou com grandes investidores, como o Grupo Abril e um fundo de investimentos norte-americano. Conseguir estes parceiros, conforme afirma o CEO da companhia, de apenas 27 anos, foi o pulo do gato. “Mas nem todas as start-ups têm um investidor. Se a empresa tiver um bom produto, ela consegue mercado”, diz.

E é aí que começa o exercício de quem deseja se aventurar no mundo inovador das start-ups. O primeiro passo, segundo Ferreira, é pensar em algo que as pessoas queiram. “As pessoas têm que precisar daquele produto”, comenta. Depois, é importante tirar o projeto do papel. “Existem centenas de pessoas com boas ideias, mas ninguém compra apenas uma ideia”, afirma o CEO.

O fundador da Samba Tech, Gustavo Caetano, é um bom exemplo. Ele transformou uma ideia na empresa líder em soluções em vídeos on-line na América Latina. Ainda na faculdade, Caetano comprou um celular colorido. “Queria joguinhos para o telefone, mas não encontrava. Na hora, percebi que tinha um negócio milionário nas mãos”, afirma.

Mesmo sem ser da área tecnológica – ele é formado em Marketing –, Gustavo descobriu na Inglaterra uma empresa desenvolvedora de games para telefones. Fez contato, desenvolveu uma plano de negócios e pegou um avião para a Europa. Nascia, em 2005, a Samba Mobile, empresa representante de jogos para celular no Brasil, no Chile e no México.

Com o tempo, viu que era necessário se reinventar. “Precisava de um negócio que eu mesmo desenvolvesse”, afirma Caetano. Em 2008, surgia a Samba Tech, especializada em vídeos, hoje com 400 clientes. Entre eles, quatro das cinco maiores universidades do Brasil e oito dos dez maiores grupos de comunicação do país.

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