Apesar dos reflexos negativos da crise mundial, com preço do minério em queda, o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Fernando Coura, afirmou, nessa terça-feira (14), que estão mantidos os investimentos de US$ 75 bilhões do setor para o Brasil, sendo US$ 35 bilhões para Minas Gerais. Ele participou ontem da abertura da Equipo Mining, feira de equipamentos para mineração que acontece no Mega Space, em Santa Luzia.

“Acredita-se que a demanda mundial por minerais continuará forte, principalmente devido ao crescimento dos países emergentes, como China, Índia e Rússia”, afirmou Coura, mencionando também a melhora no desempenho da economia americana.

As obras para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, e as de infraestrutura programadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), também contribuirão para o aquecimento da demanda interna por aço e, consequentemente, por minério. ‘É importante lembrar que a procura por insumos minerais tende a se manter crescente”, afirma.
 
Energia
 
Coura ressaltou, no entanto, a necessidade do estabelecimento de uma base de custos competitiva no país, na qual o preço da energia é o principal componente. “Buscamos uma redução de pelo menos 10% (no preço da energia)”, garante Coura.

Já o secretário-adjunto da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, disse que mesmo com a desaceleração da expansão da China, a expectativa é que a demanda por minério de ferro se mantenha alta em função dos investimentos em infraestrutura nos países emergentes.

O subsecretário de Desenvolvimento Mínero-Metalúrgico e Política Energética de Minas, Paulo Sérgio Machado Ribeiro, avaliou que Minas ainda não sofre com os impactos da queda do valor do minério. “O estado sofrerá com a queda do valor do minério se ele chegar abaixo de US$ 100 a tonelada. Ainda estamos em US$ 120”, disse.
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