Consumo e geração de energia têm queda de 3% em outubro, diz CCEE

Estadão Conteúdo
04/11/2016 às 18:06.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:31
Reajuste da tarifa de energia elétrica foi o principal item a impactar o IPCA nessa quadrissemana, seguido de planos de saúde (Frederico Haikal)

Reajuste da tarifa de energia elétrica foi o principal item a impactar o IPCA nessa quadrissemana, seguido de planos de saúde (Frederico Haikal)

Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de outubro indicam queda de 3% na geração e no consumo de energia elétrica no País, na comparação com o mesmo período do ano passado, divulgou nesta sexta-feira, 4, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Segundo o boletim InfoMercado Semanal, divulgado pela entidade, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) alcançou 59.717 MW médios. Enquanto o mercado cativo, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, registrou queda de 7,9%, o mercado livre, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, teve aumento de 13% no consumo.

Em ambos os casos, o desempenho foi influenciado pela migração de clientes cativos para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). No caso do mercado livre, a CCEE destacou que, eliminando o impacto da chegada das novas cargas, houve uma redução de 0,9% no consumo. Dentre os ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo autoprodutores, consumidores livres e especiais, os maiores índices de consumo em outubro foram os registrados nos setores de comércio (78,9%), serviços (49,2%) e saneamento (45,7%), mas tais valores estão influenciados pela migração dos consumidores para o mercado livre. Já o consumo nos setores de extração de minerais metálicos (-15,3%) e de transportes (-3,2%) apresentou queda. Expurgando os efeitos de migração, os destaques foram os segmentos de saneamento (+8%), madeira, papel e celulose (+7,1%), metalurgia e produtos de metal (5%) e químico (0,1%).

Na geração, a CCEE registrou que houve a entrega de 62.174 MW médios ao SIN em outubro, com destaque para o incremento da produção eólica (+43,2%). Já a geração hidrelétrica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que responde por 69,2% de toda energia gerada no País, caiu 2,8% em relação ao desempenho registrado no mesmo mês do ano passado. Houve ainda queda de 12,8% na produção das usinas térmicas, impactada pelo desempenho das usinas bicombustíveis (-73,7%) e a óleo diesel (-52,7%). O boletim da CCEE também indicou a estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, em outubro, o equivalente a 85,6% de suas garantias físicas, ou 42.794 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este porcentual foi de 82%.Leia mais:
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