Contra clandestinos, Governo mineiro quer 21 novos frigoríficos

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
28/03/2014 às 07:20.
Atualizado em 18/11/2021 às 01:48
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Para solucionar o problema da falta de frigoríficos e dos abatedouros clandestinos de Minas Gerais, foi lançado nesta quinta-feira (27), na Cidade Administrativa, o Programa de Regionalização de Frigoríficos (Profrig). O objetivo é auxiliar os municípios a implantar 21 abatedouros regionais, que receberão investimentos de aproximadamente R$ 73,5 milhões, permitindo que os mineiros tenham acesso irrestrito a produtos inspecionados.

De acordo com o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Zé Silva, os municípios receberão auxílio para elaborar projetos técnicos de abatedouros. A gestão será concedida à iniciativa privada, por meio de parceria público-privada (PPP) ou de concessão.

Os investidores que apostarem na proposta receberão informações sobre viabilidade econômica da atividade nos municípios, custo do projeto, manutenção preventiva e segurança no processo de abate. A estimativa de Zé Silva é a de que sejam investidos cerca de R$ 3,5 milhões em cada frigorífico.

Atualmente, Minas possui 93 abatedouros com inspeção Federal ou Estadual. As regiões que receberiam os novos entrepostos são a Norte (cinco unidades), Jequitinhonha (três), Vale do Mucuri (duas), Noroeste (duas) e Oeste (duas). Além disso, Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Campo das Vertentes, Região Sul, Região Central, Triângulo Mineiro e Região Metropolitana de Belo Horizonte receberiam um frigorífico cada.

Pró-Noroeste

Outro programa anunciado pelo governador foi o Pró-Noroeste. O objetivo é incentivar a produção e a exportação de grãos produzidos no Noroeste mineiro a partir da disponibilidade de crédito de R$ 300 milhões, por meio do Banco do Brasil.

O montante poderá ser utilizado para custeio da safra e comercialização. As taxas de juros não foram especificadas, porém, variam de acordo com a atividade e o porte do produtor.

Segundo Zé Silva, a região Noroeste foi a maior produtora de grãos de Minas em 2013. No ano, a safra da região respondeu por 28,3% da colheita do Estado, alcançando a marca de 2,9 milhões de toneladas.

Para escoar esse volume, o secretário afirma que o governo do Estado estimulará a ampliação do transporte da produção e a exportação da safra do Noroeste por meio do Terminal Integrador de Pirapora.

A divulgação das medidas foi realizada no último evento empresarial de que Anastasia participou como governador. Ele vai deixar o cargo para elaborar o plano de governo do pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves.

Protocolos garantem R$ 1,3 bi em aportes

Duas grandes fábricas confirmaram instalação em Minas Gerais. A Duratex, especializada em painéis industrializados de madeira, vai investir R$ 1,3 bilhão em uma nova unidade no Triângulo Mineiro. Já a fábrica de tratores Landini escolheu o Estado para implantar sua primeira planta fora da Itália, mediante investimento de R$ 30 milhões. Os aportes foram anunciados ontem, durante cerimônia de assinatura de protocolos de intenções, na Cidade Administrativa.

Cinco municípios são avaliados para a instalação da planta da Duratex: Araguari, Nova Ponte, Indianápolis, Romaria e Estrela do Sul, conforme o presidente da empresa, Antonio Joaquim de Oliveira.

Segundo ele, uma oferta inusitada foi feita às cidades. “Sugerimos que o ICMS seja dividido entre os cinco. Os prefeitos estão conversando, assim que chegarem a uma decisão anunciaremos o município escolhido”, disse.

A nova fábrica terá duas linhas de produção, uma de MDP e outra de MDF. A primeira linha começa a operar em 2016, e a segunda, em 2017. As obras começam já em 2015.

Landini

Com primeiro protótipo previsto para o segundo semestre deste ano e operação comercial estimada para 2015, a fábrica de tratores italiana Landini, do grupo Argo Tractors, vai instalar uma unidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A cidade ainda não foi definida. “Estamos analisando três municípios”, afirmou o CEO da divisão Américas da Argo, Tiago Bonomo. Inicialmente, a montadora vai operar com capacidade anual para 1.200 unidades.
 

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