O corredor cultural criado entre a Praça 7, no Centro, e a Praça da Liberdade, na Savassi, promete se transformar também em um corredor de negócios. Só o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, que envolve dez espaços independentes de arte e cultura, deve receber 1 milhão de pessoas até o fim do ano. E é para esse público que está sendo estruturada uma rede de varejo e serviços em seu entorno.
São cafés, restaurantes, bares, livrarias, lojas de souvenirs e outros, boa parte deles instalados dentro dos próprios equipamentos. É o caso do Café do Palácio, no Palácio das Artes, que teve aumento de 18% nas vendas em função da exposição “A magia de Escher”, encerrada neste domingo. O proprietário, Felipe Andrade, acredita que não só a exposição, mas a efervescência cultural da cidade, seja motivo deste crescimento.
“O público tinha medo de entrar no Palácio das Artes. Agora, mais da metade dos frequentadores consomem no café ou na loja de artesanato”, diz.
Negócios na praça
No Memorial Minas Gerais Vale, na Praça da Liberdade, o Café Memorial, aberto há três meses, já registra bom movimento. Segundo a proprietária, Neuzita Gomes, a vantagem de estar instalada dentro de um equipamento cultural é não precisar de tempo para conquistar clientela.
O Café com Letras foi o vencedor da licitação para instalar restaurante no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde existe, ainda, uma livraria e um café. O dono, Bruno Golgher, diz estar surpreso com o crescimento rápido do movimento. “Com a estreia da programação às segundas-feiras, que já começou, vamos crescer mais 50%”, diz.
O gerente geral do CCBB, Carlos Nagib, diz que as lojas já estão virando referência na praça. “A livraria mais perto fica a cinco quarteirões. O movimento já é satisfatório e o público em geral está se acostumando a almoçar e tomar café da manhã aqui”, afirma.