Cotação do dólar e excesso de impostos travam crescimento de empresas aéreas

Janaina Oliveira* - Hoje em Dia
28/10/2013 às 06:55.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:41
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

SÃO PAULO – Após quase uma década em céu de brigadeiro, com crescimento contínuo no volume de passageiros transportados no país, o setor de aviação deve terminar 2013 estagnado. O número de passageiros ficará estacionado em torno de 101 milhões, o mesmo de 2012.   A explosão dos custos com combustível e leasing de aviões, cujos preços são em dólar, o “pibinho” e o esfriamento da demanda são alguns dos motivos que provocaram o freio.    Neste ano, TAM e Gol, duas das maiores companhias brasileiras, reduziram em 7% a oferta doméstica. “Começamos um processo de redução de oferta nos últimos meses. Com isso, devemos terminar 2013 estagnados ou, no máximo, com um crescimento muito pequeno. O setor não gosta de turbulência”, diz o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.    Ele nega, entretanto, que a entidade, integrada por TAM, Gol, Azul e Avianca, tenha pedido socorro ao governo federal. “Não estamos pedindo apoio, nem subsídio, nem crédito. Estamos demandando é que as condições de competição sejam iguais aos mercados internacionais. Nós pagamos cada centavo”, afirmou o presidente da Abear, durante sua apresentação no workshop Bastidores da Aviação, realizado pela Gol no Centro de Treinamento Sim Industries, em Diadema, São Paulo.   Excesso de impostos   Uma das queixas mais contundentes é relativa à alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o querosene de aviação em alguns estados.    Em 12 deles, inclusive São Paulo, a taxa chega a 25%. Já no Rio, Minas e Paraná a cobrança é menor, de 12%, 11% e 7%, respectivamente. “Quando o Distrito Federal diminuiu o ICMS do querosene para 12%, qual foi o resultado? Mais voos por lá”, frisou   Para o vice-presidente técnico da Gol, Adalberto Bogsan, o custo Brasil e o aumento do dólar, que em menos de dois meses subiu 7% em relação ao real, deixam o mercado estagnado. “Para parar essa sangria tivemos que enxugar gastos. E uma das soluções foi a redução da oferta. Adaptamos a empresa à nova realidade de mercado”, explicou o executivo. Também já houve reflexos para cima nos preços das passagens.   O sinal de “aperte os cintos” está ligado. Segundo Bogsan, parte dos passageiros começou a voltar a utilizar o ônibus. Em 2011, 64 milhões utilizaram o transporte terrestre. No ano seguinte, quase 70 milhões optaram pelas estradas.   Leia mais na http://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/reader/93/26642   (*) A repórter viajou a convite da GOL

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