Crédito para a agricultura sustentável cresce 32%

09/03/2013 às 11:30.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:44

A agricultura sustentável ganhou espaço em Minas Gerais e aportes destinados a práticas consideradas ambientalmente corretas aumentaram 32,1% nos sete primeiros meses da safra 2012/2013 (julho a janeiro), segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Os produtores mineiros investiram R$ 314,2 milhões, repassados pelo Banco do Brasil, no desenvolvimento de ações do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC).

A ABC consiste no sequestro de carbono e redução das emissões de CO2. Entre as vantagens da adesão ao programa, estão as taxas de juros mais baixas. Para 2013, o encargo é de 5% ao ano para quem se enquadra no programa, percentual que pode chegar a 9,5% no mercado convencional.

O valor financiável é de R$ 1 milhão por beneficiário e por ano safra. De julho de 2012 a janeiro deste ano, foram 935 operações no Estado, uma elevação de 30,3% sobre igual período da safra anterior.

“Houve aumento da divulgação do programa e, consequentemente, o produtor fica mais por dentro das condições. A perspectiva é de continuar crescendo”, aponta o assessor técnico da Seapa Alceste Lima.

O programa Agricultura de Baixo Carbono tem como objetivo a redução das emissões de carbono através do incentivo a processos tecnológicos que neutralizam ou minimizam o impacto dos gases de efeito estufa no campo. São incentivados o plantio direto na palha, recuperação de áreas degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, plantio de florestas comerciais, fixação biológica de nitrogênio e tratamento de resíduos animais.

Lima destacou o valor contratado pelos agricultores do Triângulo, que buscaram recursos de R$ 73,8 milhões, um aumento de 8% em relação ao montante repassado na safra de 2011/2012.

O técnico acrescenta que o maior volume do crédito do ABC liberado pelo Banco do Brasil em Minas (R$ 77 milhões) foi destinado a investimentos em pastagem.

Para investimentos nos segmentos de eucalipto, florestamento e reflorestamento houve contratos no valor de R$ 68,2 milhões. Correção intensiva do solo, cana-de-açúcar, bovinos para carne, café e bovinos para leite foram contemplados com a soma de R$ 89,9 milhões.

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