Cresce confiança de pequenas e médias indústrias

Francisco Carlos de Assis
27/06/2012 às 16:16.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:08

A confiança em relação ao desempenho do setor industrial no terceiro trimestre, no universo das pequenas e médias empresas - aquelas com faturamento até R$ 80 milhões por ano -, cresceu em relação ao segundo trimestre, enquanto nos setores de serviços e comércio a expectativa piorou.

Segundo o Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), calculado pelo Instituto de Pesquisa e Ensino (Insper) e o Banco Santander, a confiança da indústria subiu de 75,3 para 76,1 pontos, numa escala de 0 a 100 em que a marca de 50 pontos é a linha que separa otimismo de pessimismo.

Nesta mesma comparação, a confiança dos empresários do setor de serviços recuou de 75,3 para 73,7 pontos e a do comércio caiu para 73,7 pontos, de 74,6 pontos no segundo trimestre.

O IC-PMN geral, no entanto, sofreu ligeira desaceleração na passagem do segundo para o terceiro trimestre, de 75 para 74,1 pontos. Mas como o indicador ainda se encontra acima dos 50 pontos, de acordo com o superintendente executivo de Pequenas e Médias Empresas do Santander, Cesar Fischer, a atividade no segundo semestre deve crescer acima do verificado na primeira metade do ano.

A pesquisa que embasou o IC-PMN relativo ao terceiro trimestre foi feita em junho e ouviu 1.200 empresários das cinco regiões do País. Apenas na região Nordeste a confiança dos pequenos e médios empresários cresceu em relação ao terceiro trimestre. Passou de 74,8 para 75,2 pontos. No Centro-Oeste, caiu de 76,4 para 74,9 pontos; no Norte, de 79,5 para 76,8 pontos; no Sudeste, de 74,4 para 73,7 pontos; e no Sul, de 74,7 para 73,2 pontos.

Para o professor do Insper Danny Claro, o insólito aumento da confiança dos empresários do setor industrial em detrimento dos serviços e do comércio pode estar associado ao maior ou menor grau de sensibilidade de cada setor em relação aos movimentos da economia como um todo. Como o consumidor tem sinalizado necessidade de desacelerar gastos, os setores de serviços e comércio assimilam mais rápido este sentimento do que a indústria. "Pela natureza das empresas de comércio e serviços, os donos ficam no balcão em contato com os clientes no dia a dia", diz o professor.

Na avaliação de Fischer, de modo geral, ainda que tenha ocorrido queda em alguns itens que compõem a pesquisa do IC-PMN do segundo para o terceiro trimestre, nas comparações com o mesmo trimestre do ano passado quase todos os itens estão com um nível de confiança maior.

A confiança em relação à economia como um todo caiu de 74,3 pontos para 71,2 pontos, mas está acima dos 70,5 pontos registrados no terceiro trimestre do ano passado. O faturamento caiu de 79,6 pontos no segundo trimestre para 79,4 pontos, mas fechou acima dos 76,5 do terceiro trimestre do ano passado. A expectativa de investimento das pequenas e médias caiu para 71,3 pontos no terceiro trimestre, de 72 pontos no trimestre anterior, mas se manteve acima dos 70 pontos do terceiro trimestre de 2011.

Só expectativa em relação ao emprego cresceu. Saiu de 68,1 pontos no segundo trimestre para 68,2 no terceiro e se manteve acima dos 67,1 pontos no terceiro trimestre do ano passado.
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