Custo de vida em fevereiro cai 0,17% em BH, mas cesta básica sobe o dobro da inflação em 12 meses

Evaldo Magalhães
Hoje em Dia - Belo Horizonte
03/03/2020 às 17:09.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:49

Estudo realizado em fevereiro pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), divulgado nesta terça-feira (3), mostra queda no custo de vida da capital em janeiro. Mas aponta inflação acumulada em 12 meses ainda bem acima da meta. Além disso, a cesta básica na cidade apresenta elevação de 9,13% em um ano, quase o dobro da referida inflação.

Segundo o Ipead, a inflação de fevereiro, medida pelo IPCA e o IPCR calculados com base na evolução de preços de 11 produtos e serviços, recuou 0,17% em relação ao mês anterior. Os maiores destaques, em termos de variação, foram as quedas de 3,22% para vestuário e complementos e de 1,41% para alimentos elaboração primária. No sentido oposto, destacou-se a alta de 7,65% para os alimentos in natura.

Após queda observada em janeiro, chamou a atenção o fato de o custo da cesta básica ter voltado a subir em fevereiro (alta de 1,26% no mês). O principal responsável por esse aumento foi, de acordo com a pesquisa do Ipead, o Tomate Santa Cruz (43,95% no mês).

Apesar da deflação de fevereiro em relação a janeiro, o mês passado também permaneceu com a inflação acumulada nos últimos 12 meses acima da meta de 4% definida pelo Copom para 2020. O índice foi de 4,68%.

Ainda no acumulado de 12 meses, a cesta básica atingiu 9,13% de aumento, praticamente o dobro do IPCA e da correção autorizada pelo governo federal para o salário mínimo (4,71%), neste início de ano.

Juros

A nova redução da taxa básica de juros da economia (Selic) de 4,5% para 4,25% (outra vez a menor da série histórica), na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, no início de fevereiro, contribuiu também para que houvesse queda nos juros praticados pelos bancos, na capital.

De acordo com pesquisa do Ipead, a maioria das taxas médias praticadas para pessoa física em fevereiro apresentou diminuição em relação àquelas praticadas no mês anterior. O maior destaque foi para o cheque especial, que teve redução da média significativa em relação aos períodos anteriores: -22,50%. 

Dentre as taxas para pessoa jurídica e as taxas de captação, a maioria também apresentou queda em relação ao mês anterior.
 A do crédito pessoal não consignado, por exemplo, caiu 4%.

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