Dívidas por conforto: pandemia faz mais mineiros buscarem crédito para comprar eletrodomésticos

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
28/05/2021 às 19:36.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:02
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O número de mineiros que apelaram a empréstimos ou crediários para adquirir eletrodomésticos e eletroeletrônicos em abril, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, cresceu 20%. O dado foi levantado pela Lendico, fintech especializada em empréstimos pessoais online. A pesquisa mostra que a opção tem relação com a nova rotina doméstica e as necessidades de trabalho no esquema home office. 

Ainda de acordo com a pesquisa, a parcela de consumidores do Estado que buscou empréstimos para a compra dos eletrodomésticos e eletroeletrônicos corresponde a 6% do total. Segundo Bruno Borges, CMO da Lendico, o maior tempo de permanência dentro de casa e a ressignificação do lar como um espaço também usado para o trabalho, durante a pandemia, foram motivadores do aumento dos empréstimos. 

“Estar mais tempo em casa e realizando a atividade profissional fez com que as pessoas percebessem a necessidade de comprar itens que talvez não teriam em casa, em uma situação diferente”, explica Lopes.

Guilherme Viana, de 26 anos, adquiriu eletrodomésticos recentemente – como cafeteira, panela elétrica e liquidificador ¬– justamente pelo fato de ficar mais tempo no lar, e em home office. Para comprar tantos itens, o publicitário apelou para um crédito direto oferecido por uma loja de eletrodomésticos. 

Com mais tempo em casa, onde também se trabalha, o jeito é adquirir aparelhos para tornar melhor a experiência

“Tive que montar praticamente uma casa e não tinha condições de pagar tudo à vista. Busquei o crédito para adquirir o que precisava, já que minha casa passou também a ser meu escritório”, afirma Guilherme. 

Pagamento

Outro dado do levantamento é de que 35% dos pedidos de empréstimos feitos em Minas, em abril, tiveram como finalidade o pagamento de dívidas. Mesmo sendo a categoria mais citada pelos entrevistados, o percentual apresentou queda de 20% em relação ao mesmo mês de 2020.

Um total de 12% dos mineiros que tomaram empréstimos no mês passado usou o dinheiro para fazer investimentos em casa. Outros 11% buscaram crédito para injetar recursos nos negócios. 

A secretária Wendy Sophia Silva, de 26 anos, por exemplo, resolveu comprar um microondas para alavancar as vendas de doces e bolos que produz em casa. Sem dinheiro para fazer a compra a vista, apelou para um empréstimo. “Foi uma boa opção porque comprei à vista. Consegui um bom desconto e deu para pagar dentro das minhas condições. O eletrodoméstico foi essencial para o aumento da minha produção e me ajudou a faturar mais”, destaca ela.


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