O dólar virou e passou a operar em alta nesta terça-feira (29). Às 10h50, a moeda norte-americana era vendida a R$ 4,1456, em alta de 0,88%. Depois ter disparado mais de 3% na sessão anterior, o dólar comercial volta a subir nesta terça-feira (29). A divisa americana avança 0,51%, cotada a R$ 4,128 para compra e R$ 4,130 para venda. A moeda chegou a operar em queda de 0,8% no início da sessão, mas passou para o terreno positivo às 10h. Na tentativa de conter a valorização da divisa americana, o Banco Central anunciou nova intervenção no mercado de câmbio para hoje que poderá chegar a US$ 3 bilhões. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) interrompe uma sequência de sete quedas e sobe 0,78%, aos 44.300 pontos.
Na segunda-feira, o motivo da forte alta do dólar foram as declarações da Fitch sobre o ajuste fiscal no Brasil e a sinalização de um rebaixamento, que fizeram a divisa acelerar a alta nos minutos finais de negociação e fechar com valorização de 3,37%, a R$ 4,107 para compra e R$ 4,109 para venda.
Além da rolagem de 9.450 contratos de swap cambial - operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro - que vem fazendo diariamente, o BC oferece hoje 20 mil novos contratos, o equivalente a US$ 1 bilhão. A autarquia também fará dois "leilões de linha", operação pela qual o BC vende dólares de suas reservas aos bancos com o compromisso de recomprá-los no futuro. O montante dos leilões de linha pode chegar a US$ 2 bilhões.
Nos mercados chineses, as ações fecharam em forte queda, mais uma vez motivada pela preocupação com a perspectiva de crescimento do país. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,97%, a maior queda em um mês, para o menor nível em dois anos. Já em Xangai,
a Bolsa recuou 2%. O mau humor contaminou também o Japão, com o índice Nikkei despencando 4,05% .
Na Europa, a maioria das Bolsas registra leve alta. O índice de referência do continente, o Euro Stoxx, avança 0,32%, enquanto a Bolsa de Paris sobe 0,30%. Em Frankfurt, a alta é de 0,24%. A exceção é Londres, que recua 0,28% puxada pelas ações do setor de construção.
Entre as ações brasileiras, os papéis da Petrobras recuperam parte da forte perda registrada nos últimos dias e são a maior contribuição para a alta do Ibovespa. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) sobem 2,08%, a R$ 7,83, enquanto as preferenciais avançam 2,01%, a R$ 6,57.
As ações da Vale também sobem, depois de a companhia ter anunciado corte no volume de dividendos a ser pago este ano a acionistas. Os investidores interpretam que a medida é importante para manter o equilíbrio financeiro da companhia. Os papéis ordinários sobem 1,44% (R$ 16,83) e os preferenciais, 1,28% (R$ 13,36).
A diretoria da da mineradora vai propor ao Conselho de Administração uma redução de US$ 500 milhões na remuneração aos acionistas em 2015, devido ao cenário incerto para os preços das commodities e o foco na preservação de seu balanço, informou a mineradora em comunicado na noite de segunda. Em janeiro, a empresa anunciou plano de distribuir US$ 2 bilhões este ano em dividendos.
Uma primeira parcela do US$ 1,5 bilhão, de 1 bilhão de dólares, já foi paga em 30 de abril. Caso a redução seja aprovada pelo Conselho, os US$ 500 milhões restantes serão pagos em 30 de outubro.
Os papéis bos bancos também operam em alta,. com o Banco do Brasil avançando 0,55% (R$ 14,57) e os do Bradesco, 1,46% (R$ 21,45). O ItaúUnibanco opera estável, com o papel preferencial cotado a R$ 26,02.