Defasagem genética e nutricional reduz ganhos na pecuária leiteira no Brasil

Bruno Porto - Hoje em Dia
18/05/2013 às 07:53.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:47

A defasagem genética e nutricional do gado leiteiro no Brasil e em Minas Gerais mina a rentabilidade do negócio. Ápesar de a remuneração ao pecuarista brasileiro estar entre as maiores do mundo, R$ 0,97 por litro em abril, a elevação dos custos fixos impedem uma margem de lucro alta. Enquanto no Estado uma vaca leiteira produz, em média, 1.555 litros de leite ao ano, em outros países produtores, como Estados Unidos, o animal chega a uma média superior a 30 mil litros de leite.

“Com uma genética superior e uma nutrição mais adequada, o produtor teria condições de produzir mais com menor despesa. Diminuiria os gastos com terra por exemplo”, afirma o analista de agronegócio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Wallison Fonseca.

Em Minas, projetos de melhoramento genético e capacitação dos produtores proporcionou uma produtividade do gado leiteiro de 200 litros acima da média nacional.


Preço em alta

O aumento do consumo de lácteos tem promovido um movimento de alta no preço do litro do leite. Neste ano, o preço pago ao produtor teve alta de 8%. Na comparação de abril contra março, o avanço foi de 4,4%. Nos últimos 12 meses acumula aumento de 8,97%. “Neste mesmo período, foi apurada também elevação do preço dos insumos e da mão de obra. Por isso, a margem do produtor não subiu nesse mesmo ritmo”, observou Fonseca. Ele acrescentou que, comparado a outros setores do agronegócio, a pecuária ainda precisa evoluir.

“Por um lado isso é bom, revela que temos muito a crescer ainda. Por outro, tira a rentabilidade do negócio”, afirmou o analista.

A tendência do preço do leite é de se manter em alta. O boletim “Custos e Preços”, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) revela que em abril os preços do litro atingiram, em média, R$ 0,95. Outro ponto que justifica a alta é a queda de 27% nas exportações de janeiro a abril deste ano em relação a igual intervalo de 2012. No mesmo período, as exportações cresceram 8,3%.
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