GOVERNADOR VALADARES – O aeroporto de Governador Valadares é entrave ao desenvolvimento e motivo de vergonha para um município que sustenta o título de “capital mundial do voo livre” e polo de 85 cidades, com cerca de 1,5 milhão de pessoas. A opinião é do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Denis Leite, e endossada por empresários que reclamam da infraestrutura, atrasos dos voos e alto preço das passagens.
O Aeroporto Coronel Altino Machado opera com uma empresa aérea (Trip), tem cinco voos diários para Belo Horizonte (Pampulha) e atende cerca de 4 mil passageiros por mês. Opera pelo sistema de rádio e está homologado para aeronaves com até 50 passageiros. Como não tem aparelho de raio-X, a inspeção nas malas e revista em usuários é manual.
“Não temos uma porta de entrada decente para atrair e receber investimentos”, reclama Leite, enfatizando que os banheiros são ruins e as poltronas desconfortáveis. Resgatar as malas pode demorar mais tempo que o voo até a capital, que é de 45 minutos. “Tive de fazer uma viagem emergencial e paguei mais de R$ 900 pela passagem. É um preço absurdo para uma viagem tão curta. Uma concorrência resolveria isso”, acredita Leite.
Reclamações
Conforme ele, a CDL recebe reclamações dos lojistas há vários anos sobre as precárias condições do aeroporto. Os constantes atrasos nos voos também geram insatisfação.
“Até quando vamos ter que enfrentar esse problema? O município e a região poderiam se destacar mais no ramo empresarial não fosse esse entrave. Verbas foram aprovadas para a obra. O que falta é vontade política”, enfatiza.
Para a presidente da regional Rio Doce da Federação das Indústrias de MG (Fiemg), Rozani Azevedo, o aeroporto é uma catástrofe. Entre outros problemas, a executiva reclama dos cancelamentos e alterações dos horários dos voos sem comunicação prévia.