Dez municípios, sendo seis deles da Região Central de Minas Gerais, concentram 42,2% do Produto Interno Bruto (PIB, bens e serviços produzidos) do Estado. Na outra ponta, 446 cidades ficam com 5% das riquezas geradas. Os dados são de levantamento divulgado nesta terça-feira (17) pela Fundação João Pinheiro (FJP) e que revelam que, em 2011, os municípios mineradores ganharam participação no PIB de Minas, enquanto regiões industriais perderam espaço.

Com 14,2% de participação no PIB, Belo Horizonte é o principal peso na formação do PIB estadual, seguida de Betim, na Região Metropolitana, com 7,3%. Ambos perderam participação de 2010 para 2011, embora mantenham a mesma posição no ranking.

Na lista das 10 cidades com maiores PIBs, Mariana é o único município que não figurava no ranking de 2010 e aparece na décima colocação em 2011, com 1,4% de participação. Ela foi alçada a essa posição pela forte presença da indústria extrativa. “De modo geral, municípios com economia voltada para a indústria da transformação perderam participação, e os mineradores ganharam. Isso também foi percebido em Nova Lima, que ganhou, e Ipatinga, que perdeu”, disse a coordenadora do estudo, Maria Aparecida Sales.

O presidente regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) no Vale do Aço, Luciano Araújo, analisa que o ambiente desfavorável para a siderurgia, com excesso de oferta, atingiu a Usiminas e seus fornecedores. “Como temos a Usiminas como âncora, se ela vai mal, afeta a cadeia toda que está em Ipatinga”, afirmou.

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