
Com o preço dos combustíveis cada vez mais altos, o mercado de carros seminovos – em especial os de menor consumo – segue em ritmo de crescimento em Minas e no país, praticamente na mesma proporção. Duas pesquisas divulgadas nessa segunda-feira (9), uma com preços nos postos, feita pelo site Mercado Mineiro, e a outra sobre o mercado de revenda de automóveis, produzidas pela Associação de Revendedores de Veículos do Estado de Minas Gerais (Assovemg), mostram a proximidade de percentuais.
No caso dos combustíveis, em BH, a gasolina subiu cerca de 27% e o etanol, de 36%, desde janeiro. Já o volume de seminovos vendidos, em todo o Estado, teve um acréscimo de pouco menos de 40% no período. Especialistas apontam que a maior procura pelos automóveis de segunda ou mais mãos se explica por um tripé: a diminuição da produção de carros novos, causada pela escassez de insumos, a maior necessidade das pessoas em ter transporte próprio, por causa da pandemia, e a necessidade por veículos mais econômicos e com custo de manutenção mais baixo.
Acumulado
Desde o início do ano, a venda de veículos seminovos em Minas acumulou elevação de 38,2% em relação a 2020, segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). Somente em julho, a alta foi de 8,4% sobre junho. Em relação a julho de 2020, o pulo foi de 5,7%.
Oferta de ‘Zero’ em queda e mais pessoas em busca por transporte próprio também favorecem revendas
Para Glenio Júnior, presidente da Assovemg, a tendência é de que as vendas de seminovos sigam em alta até o fim do 2º semestre. “A indústria ainda vai ter dificuldades para resolver os problemas de falta de componentes eletrônicos, o que tem deixado muitos compradores na fila por até quatro meses. Por ouro lado, com a retomada econômica, as pessoas terão mais necessidades de locomoção e a busca por veículos seminovos e mais econômicos deve crescer”, explica Glenio.
Nas revendas, a luta é para conseguir suprir a demanda. Dona de uma loja de seminovos no Dona Clara, região da Pampulha, Rosamary Moura passou a investir mais em carros populares (de R$ 30 a 45 mil). “A procura por esses veículos aumentou de maneira absurda e quando temos, eles nem esquentam no pátio. Desde o início do ano, alguns modelos estão até 30% mais caros, principalmente pela maior procura”, garante a empresária.
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