Disposição da indústria mineira para investir é a maior em janeiro, desde 2014

Da Redação
27/01/2020 às 17:16.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:26
 (Fiat/Divulgação)

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A consolidação da recuperação da atividade industrial e as expectativas otimistas dos empresários mineiros aumentam a disposição no setor para investir nos próximos seis meses. Segundo a pesquisa "Sondagem Industrial", divulgada nesta segunda-feira (27) pela Federação das Indústrias de Minas gerais (Fiemg), o índice de intenção de investimentos dos industriais do Estado, que avançara 6,2 pontos em dezembro de 2019, até recuou 2,5 pontos na passagem para janeiro deste ano. Mesmo assim, cresceu 4 pontos na comparação com janeiro de 2019 (55,1 pontos) e foi o mais elevado para o mês desde o início da série histórica, em 2014.

Na parte da sondagem que busca quantificar perspectivas dos empresários quanto à evolução da demanda, da compra de matéria prima e do emprego para os próximos seis meses, todos os indicadores subiram em janeiro. No caso da perspectiva de crescimento da demanda pelos produtos, a expectativa dos industriais mineiros atingiu 62,4 pontos. O índice avançou 5,6 pontos em relação a dezembro (56,8 pontos) e cresceu 3,3 pontos percentuais na comparação com janeiro de 2019 (59,1 pontos). Também foi o mais elevado para o mês desde 2010 (64,9 pontos).

Em linha com tal avanço, os empresários também apostam em aumento das compras de matérias-primas, com índice de 59,5 pontos em janeiro. O indicador cresceu 5,3 pontos na comparação com dezembro (54,2 pontos) e 2,7 pontos em relação a janeiro de 2019 (56,8 pontos), também tornando-se o maior para o mês desde 2010. Em relação à elevação do número de empregados, o indicador registrou 55,8 pontos neste janeiro, aumento de 3,1 pontos frente a dezembro (52,7 pontos) e 2,6 pontos a mais que em janeiro de 2019 (53,2 pontos). Foi o melhor resultado no quesito para o mês desde o início da série histórica, em 2011.

Condições financeiras

Os empresários do Estado também perceberam melhora no lucro operacional no quarto trimestre do ano de 2019. O indicador de satisfação com esse quesito marcou 44,9 pontos, com avanço de 2,4 pontos frente ao trimestre anterior (42,5 pontos). Já o índice referente à avaliação da situação financeira apontou empresários satisfeitos pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2012. O indicador atingiu 50,1 pontos no último trimestre de 2019, avançando 2 pontos em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o quarto trimestre de 2018 (48,4 pontos), o índice cresceu 1,7 ponto.

Obstáculos

Ainda de acordo com a pesquisa, os empresários detectam ligeira melhora da demanda, cuja insuficiência é apontada, hoje, como um dos principais problemas enfrentados pela indústria. Embora tenha se mantido em segundo lugar no ranking dos maiores obstáculos do setor, no quarto trimestre de 2019 - perde apenas para a elevada carga tributária, que ganhou 50,3% das menções -, a demanda interna insuficiente caiu mais de cinco pontos percentuais entre o terceiro e o quarto semestres de 2019, de 38,3% para 33,3% das citações. Na sequência da lista de problemas a enfrentar identificados pelos entrevistados, aparecem a competição desleal (23,6%) e burocracia Excessiva (21,2%). 

Os demais itens mencionados como obstáculos no quarto trimestre de 2019, com menos de 20% de citações cada, são falta ou alto custo da matéria-prima (18,2%), falta de capital de giro (17%), taxa de câmbio (15,2%), taxas de juros elevadas (12,7%), Falta ou alto custo da energia (12,1%), dificuldades na logística de transporte (10,9%), demanda externa insuficiente (9,7%), competição com importados (8,5%), inadimplência dos clientes (7.3%), falta de financiamento de longo prazo (7,3%), falta ou alto custo de trabalhador qualificado (6,7%) e insegurança jurídica (5,5%).

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