Donos de padaria garantem estar segurando o quanto podem os repasses do custo de insumos

André Santos e Evaldo Magalhães
portal@hojeemdia.com.br
10/05/2021 às 19:44.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:53
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

A grande subida no preço do pão em BH, atestada pela pesquisa do Mercado Mineiro (MM), foi causada pela alta dos insumos, durante a pandemia. De acordo com a Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), esses produtos já sofreram elevação de 14% a 16%, em média. O trigo, com 18% de aumento, e as embalagens (19%) são os maiores vilões - tudo isso ante um IPCA do mesmo período em torno de 6%. 

Segundo Vinícius Dantas, presidente da Amipão, muitas panificadoras têm precisado reinventar modelos de negócios para se manter no mercado com competitividade. “Como o preço vem subindo, as vendas diminuíram. Com isso, muitos empresários aumentaram o mix de produtos, tentando compensar a diminuição no faturamento”, explica.

Os donos de padarias também dizem que não repassam o aumento dos insumos aos consumidores na integridade. Pamera Mattos, proprietária de uma padaria no Prado, Oeste de BH, diz que, se fizesse isso, afastaria a clientela. “Não há como repassar os custos. Se subirmos demais, perdemos freguês”.

Variação

Além da inflação de produtos, a pesquisa do MM também apontou gigantesca variação nos preços entre 29 padarias visitadas na capital. Os destaques foram o pão doce, com mínimo de R$ 10,49 e máximo de R$ 32,40 o quilo (208% de oscilação) e o pão sovado, com mínimo de R$ 12 e máximo de R$ 32,90 o quilo (174%). “As pessoas têm de redobrar a atenção e pesquisar melhores opções”, diz o economista Feliciano Abreu, do MM.

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