Em Congonhas, CSN é obrigada a fornecer água mineral a moradores

Bruno Porto - Do Hoje em Dia
20/01/2013 às 08:20.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:48
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

Todos os dias um caminhão leva galões de água potável para 600 moradores do bairro do Pires, em Congonhas. Isso ocorre desde 2010, quando a CSN/Namisa, grupo do setor de mineração e siderurgia, foi responsabilizada pelo assoreamento de duas nascentes que abastecem a região – Boi na Brasa e João Batista. Em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, a empresa se comprometeu a realizar o fornecimento enquanto realiza a recuperação das áreas.
 
O assoreamento ocorreu durante as obras de construção de uma estrada para o trânsito de caminhões pesados da companhia. Em um primeiro momento, a empresa se recusou a recuperar as nascentes e a população ficou 120 dias com água barrenta e inadequada para beber saindo das torneiras.
 
Situação semelhante vivem os moradores das comunidades de Barnabé e Campo das Flores. “As nascentes que abastecem essas áreas estão dentro da propriedade da Vale, onde eles realizam sondagens. A lama que sai da sondagem vai direto para a nascente. Como não há tratamento, chega barrenta para nós”, diz Geraldo Tarcísio Magalhães, morador de Barnabé.
 
Drama


Em Campos das Flores, a falta de água é dramática. “Dependemos do caminhão-pipa, que vem três vezes por semana. Economizamos na limpeza para sobrar água para a merenda”, afirma a faxineira da Escola Municipal Dr. Victorino Ribeiro.

Na bucólica Catas Altas, é difícil encontrar casa que não esteja em reforma nas ruas do bairro Morro da Água Quente mais próximas à mina Fazendão, da Vale.

O motivo são as rachaduras causadas pelas explosões. “Gastei R$ 20 mil para reformar a casa e as rachaduras já voltaram”, diz o motorista Denilson Silva.

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