Embates entre poderes têm potencial para despejar ‘pá de cal’ no ciclo da retomada

André Santos
andre.vieira@hojeemdia.com.br
08/09/2021 às 20:36.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:50
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Em meio à crise política e institucional, turbinada pelas manifestações do 7 de Setembro, duas pesquisas divulgadas ontem em Minas comprovaram o ritmo de retomada que vinha embalando a indústria, até julho, e os segmentos de comércio e serviços, até agosto.

Na indústria, a pesquisa Indicadores Industriais, da Fiemg, mostrou elevação de 1,4% do faturamento global do setor, em julho, frente a junho, marcando o terceiro mês seguido de aumento. O aumento foi puxado pela Indústria Extrativa, que teve desempenho18,8% melhor do que o registrado no mês passado. De janeiro a julho, de o início do ano, o setor cresceu 63,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Outro dado animador foi quanto ao crescimento nas vagas de emprego. Nos primeiros sete meses de 2021, as contratações subiram 8,8% sobre o mesmo período de 2020.

Confiança

Em relação ao comércio e aos serviços, o que continuou a subir foi a confiança dos empresários. Pelo terceiro mês consecutivo, o Icec, da Fecomércio-MG, cresceu e atingiu 110,2 pontos em agosto – melhor resultado desde março de 2020.

Entretanto, para Ana Paula Bastos, economista da CDL-BH, entidade ligada ao setor, reflexos da crise política podem frear o otimismo. “Ideal seria que o discurso de equilíbrio acalmasse os ânimos, mas ainda é cedo para afirmar isso. O que fica claro é que o agravamento da crise política pode colocar uma pá de cal no ciclo de otimismo e retomada”.

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