Empregada doméstica cara impulsiona escola em tempo integral

Janaína Oliveira - Hoje em Dia
04/08/2013 às 07:47.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:39

A emenda constitucional que estabeleceu novos direitos para as domésticas imprimiu mudanças na volta às aulas após as férias de julho. Embora vários pontos ainda precisem de regulamentação, muitas famílias, por questões financeiras, abriram mão de empregadas e babás e optaram por matricular os filhos em horário estendido ou integral. Segundo a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), a procura por vagas em dois turnos, sobretudo para crianças entre zero e 10 anos, aumentou em torno de 8% no país.    “As famílias estão se antecipando e começando a fazer ajustes no orçamento. A expectativa é que esse crescimento dobre em fevereiro de 2014, com o início do ano letivo”, diz a presidente da Fenep, Amábile Pacios.    Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o movimento se repete, turbinado pela dispensa do trabalhador doméstico, tendência cada vez mais comum. No último ano, segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita pela Fundação João Pinheiro em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 8 mil famílias deixaram de ter uma empregada para cuidar da casa.    Mudanças   “A alteração na dinâmica das famílias, a baixa atratividade da carreira de empregada e, por fim, a extensão aos domésticos dos mesmos direitos dos demais trabalhadores, o que acarretará mais custos aos patrões, resultam no encolhimento das mensalistas. É um movimento que já vivemos e que deve se intensificar ainda mais daqui para a frente”, analisa o coordenador da PED, Plínio de Souza.   Presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Emiro Barbini diz que virou rotina ouvir pais que, após as contas na ponta do lápis, optaram por dispensar a empregada e deixar os filhos por mais tempo na escola. Para atender à demanda, colégios da rede particular de BH e municípios vizinhos multiplicam opções de horário, atividades esportivas, aulas de arte, música, dança e idiomas.    “Muitos estabelecimentos já trabalham na adaptação da estrutura física, como cozinha e espaço para banho, e na contratação de profissionais”, afirma.    Leia mais na Edição Digital

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