Empresários esperam mudanças com indicações de Joaquim Levy e Nelson Barbosa

Patrícia Scofield e Ana Luiza Faria - Hoje em Dia
22/11/2014 às 09:12.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:07
 (Carlos Rhienck/Hoje em Dia/Arquivo)

(Carlos Rhienck/Hoje em Dia/Arquivo)

Na avaliação do presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Gonçalves Fernandes, a indicação dos nomes de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa para o Planejamento dá credibilidade para a retomada de investimentos no país, uma das maiores reivindicações do setor produtivo, por acenarem uma “cartilha conservadora”.   Para Fernandes, tratam-se de profissionais de perfil técnico, que resgatariam a política fiscal adotada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de seu primeiro mandato, deixada de lado pela presidente Dilma Rousseff (PT) e iniciada por FHC.    “São nomes muito bons, testados e confirmados por setores econômicos e políticos do país. Se confirmados, serão uma escolha bem coerente com o novo cenário. Teremos anos difíceis em 2015 e 2016 e eles têm uma linha conservadora, ortodoxa. Vão respeitar as regras do jogo”, disse.    Em relação aos nomes do senador Armando Monteiro (PTB-PE) para o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para a pasta da Agricultura, Fernandes afirmou que podem aproximar o governo Dilma do mercado, já que fazem parte do setor produtivo. “São pessoas que contribuiriam bastante, têm larga experiência e já eram os mais cotados mesmo”, resumiu.    As sinalizações de nomes são bem avaliadas também pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). Em nota, a instituição comentou que Levy vai ajudar a recuperar a credibilidade junto ao empresariado, além de “acalmar os ânimos” dos mercados interno e externo, por apontar o melhor planejamento das contas públicas.    “Levy é bem visto pelos mercados financeiro e empresarial. O principal motivo é que ele tem adotado um discurso favorável à maior responsabilidade fiscal. Tende a adotar uma política mais conciliadora, ao tentar atender às expectativas de mercado, sem afrontar o governo”, informou, no documento.    Agricultura    Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Roberto Simões, se essas forem realmente as escolhas da presidente Dilma Rousseff (PT), serão escolhas “acertadas”. De acordo com Simões, Katia Abreu foi um nome muito bem escolhido. “Ela é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), conhece muito bem o setor e tem condições de ser uma boa ministra”, disse.

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