Menos gasto com óleo, produtos que se desmontam facilmente e máquinas que fazem o trabalho de duas. Em tempos de retração da economia, equipamentos de baixo custo de manutenção e alta produtividade ganham destaque na Equipo Mining 2014.    “A mineração está no fim de uma curva decrescente. A tendência dos fabricantes é fornecer equipamentos que ofereçam redução de gastos, como aqueles que economizam combustíveis”, afirma o diretor-geral do evento, Joseph Young. A feira é realizada no MegaSpace, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e vai até esta sexta-feira (8).    A Simplex, com unidade em Lagoa Santa, apresenta no evento uma planta móvel de britagem e classificação de minérios e rochas.    O equipamento, capaz de quebrar a rocha em pedaços pequenos, reduz o material a ser embarcado nos caminhões a menos de 10 milímetros, de acordo com a necessidade do cliente.    “Ele faz o trabalho de duas máquinas, mas o custo da manutenção e o gasto com combustível é de uma só”, afirma o engenheiro de aplicação da empresa, Guilherme Lago.   De acordo com ele, enquanto uma máquina da concorrência gasta cerca de 30 litros de óleo diesel por hora, o equipamento da Simplex utiliza cerca de dez a menos. O produto custa pouco mais de R$ 2 milhões.    Hoje, duas empresas brasileiras utilizam o equipamento: PSO e Hereimac.    Em Cabo Verde, na África, outra companhia o comprou recentemente. A expectativa do engenheiro da Simplex é a de que pelo menos uma máquina seja comercializada na Equipo Mining.    “A prospecção está forte. O interessante para grandes empresas é que a máquina é capaz de quebrar o minério em tamanhos diferentes, dando origem a produtos diversos”, diz.     Mercado desaquecido demanda ganhos de produtividade   Nas marcas importadas, a aposta também é oferecer redução de custo aos clientes. A RRX, representante da chinesa XCMG, trouxe para a Equipo Mining uma carregadeira com capacidade de 12 toneladas que utiliza óleo e filtro convencionais. Como resultado, há uma economia de 30% na comparação com os similares de mercado. “Normalmente, os equipamentos deste porte utilizam óleos específicos. No nosso caso não. O cliente utiliza aquele que ele tem na mina”, explica o consultor de negócios da RRX, Vinícius Martins.   Para o gerente de Marketing da Rossetti Equipamentos Rodoviários, Daniel Rossetti, o desaquecimento da indústria nacional requer mais inovação dos fornecedores. Para atender à demanda, a empresa desenvolveu uma caçamba com balança embarcada para ser utilizada em mineradoras.    “Os caminhões nas minas são carregados até a exaustão, mas não têm uma balança para saber quanto a carga pesa”, afirma. Por isso, é comum que um minério mais denso estoure a suspensão, ou que o caminhão saia com uma pá a menos. A balança, portanto, aumenta a produtividade”, justifica. A balança, que custa R$ 20 mil, pode ser operada online ou via GPRS.

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