(Carlos Roberto)
Turistas que vão precisar de dólares para suas viagens ao exterior tiveram uma grata surpresa. No início da sessão da sexta-feira (8), a moeda norte-americana recuou a R$ 1,95 no câmbio comercial, o menor patamar desde maio de 2012 e bem abaixo da cotação de final de novembro do mesmo ano, quando chegou a valer R$ 2,13. O governo interveio e o dólar fechou o dia em R$ 1,97. Mas especialistas aconselham não ir com tanta sede ao pote para aproveitar o recuo. O melhor, segundo eles, é comprar aos poucos. “Quem vai viajar nos próximos meses pode aproveitar o momento para comprar parte dos dólares de que precisará. Mas, para diluir riscos, o dinheiro deve ser adquirido em parcelas até a data da viagem, já que o cenário está incerto”, recomenda o analista de mercado Paulo Vieira. Para ele, a moeda deve se manter na casa dos R$ 2. “No curto prazo, a tendência é a de que fique patinando nesse patamar”, diz. Avaliação semelhante faz o diretor da Mundinvest Corretora de Valores, João Lanza. “O dólar deve ficar por aí. Portanto, pode ser uma boa oportunidade para quem vai viajar ao exterior antecipar compras. Mas nada de exageros. O mercado está instável”, diz. A divisa americana se desvalorizou ontem após a entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, à agência de notícias Reuters. Mantega disse que o governo não deixará o dólar cair abaixo de R$ 1,85, o que foi interpretado pelo mercado como um novo piso para a moeda americana. “O ideal é que não houvesse intervenção, mas isso é sonho. Agora, se houver de novo uma tendência especulativa, se o pessoal se animar, vamos puxar esse câmbio para R$ 1,85. Aí, estaremos, de novo, intervindo”, disse o ministro. (Com agência) Leia a matéria completa na Edição Digital