EUA e México suprem recuo comercial com chineses

Bruno Porto - Hoje em Dia (*)
13/07/2015 às 06:21.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:52

O câmbio desvalorizado e os recentes acordos comerciais assinados pelo Brasil, principalmente com Estados Unidos e México, foram apontados pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, como a oportunidade para se “fazer o ajuste fiscal de ampla dimensão sem perder a agenda do desenvolvimento”.

Embora tenha salientado a importância da China como principal parceiro econômico do país e grande comprador de commodities, Monteiro confia na maior competitividade da indústria nacional com o dólar valorizado para diversificar e agregar valor à pauta de exportações do país.

De acordo com dados preliminares da balança comercial, a China respondeu, de janeiro a junho, por 19,6% das exportações do país, mas vem perdendo espaço pela queda nas cotações de produtos primários, como o minério de ferro.

No mesmo período do ano passado, o gigante asiático havia abocanhado 21,6% das vendas externas do Brasil – a China comprou US$ 4 bilhões a menos.

Foco atual, os Estados Unidos compraram do Brasil US$ 11 bilhões no primeiro semestre, ou 12,7% dos embarques. Essa participação tinha sido de 11,6% de janeiro a junho de 2014. No curto prazo, as medidas negociadas com o governo dos Estados Unidos, referentes a barreiras não tributárias, terão impacto nos setores de máquinas, material elétrico e cerâmica.

Monteiro participou ontem da abertura da 26ª edição do Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo, promovido pelo Instituto Aço Brasil (IABr). Na ocasião, ele deu duas notícias ruins à indústria siderúrgica. Questionado sobre um pacote de medidas específico para recuperação dos fabricantes de aço, disse: “Nada de pacote”. Indiretamente, descartou a possibilidade do não reconhecimento da China como economia de mercado, demanda global das entidades que representam a siderurgia no mundo.

*O repórter viajou a convite do IABr

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