A Fiat confirmou, em nota, que planeja aumentar sua força de trabalho e que as medidas acarretarão em novas contratações, conforme noticiou o Hoje em Dia na última quinta-feira (19). O plano ficou condicionado à prorrogação da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis de 1.000 cilindradas, programada para terminar em 31 de agosto. No total, as contratações podem chegar a 1.500 trabalhadores e as admissões ocorrerão gradualmente.

O Ministério da Fazenda informou que o governo federal não vai comentar sobre a possibilidade de prorrogação dos incentivos fiscais. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informa não estar em negociações com o governo para tratar do assunto.
Em seu comunicado, a Fiat afirma que a necessidade de ampliação está vinculada também à manutenção dos níveis atuais de demanda de automóveis e comerciais leves. O mercado brasileiro consome, segundo a montadora, cerca de 16 mil unidades por dia, tendo a Fiat participação de 22% nas vendas.

“A demanda está sustentada pela redução das taxas de juros, desbloqueio do crédito e redução da carga tributária sobre os veículos, medida que se estenderá até 31 de agosto. A Fiat observará o desempenho do mercado nas próximas semanas, administrando suas necessidades de produção a partir da redução de gargalos internos de produção. Confirmando-se a sustentação da demanda, o quadro de pessoal será gradualmente ampliado”, diz a nota.

A expansão da Fiat em Betim deve começar por uma nova unidade de pintura, que seria hoje um dos principais gargalos internos da empresa. A montadora italiana já obteve parte das licenças ambientais necessárias para essa ampliação, que demandaria, inicialmente, cerca de 200 funcionários.

Quando os investimentos atingirem outras áreas, como a de montagem, as contratações podem totalizar cerca de 1.500 funcionários, conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, João Alves de Almeida. A Fiat não comenta o volume de empregados que ela pode contratar.
O plano de expansão da companhia estava condicionado à doação de um terreno contíguo ao que a montadora está instalada. A área foi alvo de uma longa disputa judicial, que terminou em dezembro de 2011. Ao término da ação, a Prefeitura de Betim doou o terreno à Fiat.

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