Fipe mantém previsão de 0,23% para IPC em agosto

Maria Regina Silva
09/08/2012 às 13:24.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:19

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Rafael Costa Lima, manteve sua projeção de 0,23% para o índice no fechamento de agosto, apesar da desaceleração inesperada do grupo Alimentação na primeira quadrissemana do mês.

Segundo ele, embora alguns itens alimentícios estejam diminuindo as altas, como os in natura, outros não, caso dos industrializados. O coordenador ressaltou que o aumento dos preços dos grãos, principalmente o do trigo, já está encarecendo os panificados. O pão francês, por exemplo, segundo a Fipe, foi a quarta maior variação do IPC na primeira leitura de agosto, ao subir 1,69%. "Além disso, os reflexos de altas de outros grãos, como milho e soja, poderão aparecer com mais força nas próximas leituras", disse, acrescentando que os preços das aves já estão subindo (de -0,27% em julho para +1,41%).

A dúvida de Costa Lima é quando o repasse de alta dos grãos vai atingir os preços das carnes bovinas e suínas, que ainda estão em queda, de -1,40% e -1,41%, respectivamente, na primeira quadrissemana de agosto.

Dentro do IPC, o grupo Alimentação passou de 0,53% para 0,34% entre o fechamento de julho e a primeira apuração de agosto. A taxa ficou abaixo da expectativa da Fipe, que era de uma alta de 0,40% para Alimentação. Os in natura saíram de um aumento de 3,3% para 1,76%. Dentro do subgrupo, o coordenador ressaltou que apenas os legumes continuaram avançando (18,06%). Nesse conjunto de preços, liderou a trajetória ascendente o tomate (+37,43%). "Houve uma ligeira desaceleração em relação à quadrissemana anterior (37,73%). Mas a probabilidade é que os preços desacelerem mais, já que as pesquisas semanais não apontam novas altas expressivas, como a vista no final de julho, quanto subiu mais de 60%. Mas deflação é muito difícil", afirmou, sobre o tomate.

As declarações do coordenador foram dadas nesta quinta-feira à Agência Estado, em entrevista na sede da Fipe para comentar sobre o IPC de 0,16% na primeira quadrissemana de agosto, taxa que ficou exatamente em linha com o esperado pela instituição.
http://www.estadao.com.br

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