(Audi)
SÃO PAULO – A descrição de um sedã compacto com 122 cv não provoca impacto. Afinal, poderia ser um Hyundai HB20S 1.6 ou Ford New Fiesta Sedan 1.6, ambos com um pouco mais de cavalaria. Mas acresça quatro argolas na grade, um par de faróis de luzes de diodo (LED) e uma turbina instalada num bloco 1.4 litro e a conversa muda. O Audi A3 Sedan recebeu conjunto mecânico semelhante ao do A1, com foco no volume. Fomos ver como o sedã se comporta.
Os 122 cv de potência podem até parecer pouco para um alemão premium. Mas o A3 Sedan surpreende pela oferta de torque. São 20 mkfg entre 1.500 e 4.000 rpm, que significa o máximo de força quase que integralmente, pois só supera essa rotação em momentos severos. No entanto, a transmissão automática de dupla embreagem e sete marchas S tronic mantém o giro sempre abaixo dos 2.500 rpm, o que eleva o conforto e reduz o consumo.
O A3 Sedan tem rodar suave, graças à excelente calibragem do conjunto de suspensão independente nas quatro rodas, que garante conforto e também estabilidade quando se exige do carrinho.
O ônus
Bom, a Audi não tem vergonha de admitir que o foco da versão é fazer volume. Afinal, esse carro será produzido aqui. E para atingir o preço de R$ 97,7 mil, a marca teve que abrir mão de algumas benesses como bancos forrados em couro. As rodas grandonas deram lugar a “miúdas” aro 16.
Mas se o consumidor quiser rechear o compacto com mimos como o sistema multimídia MMI, que agrega navegador GPS, armazenamento de 10 GB, comandos por voz, bancos de couro, sensor de estacionamento e teto solar, dentre outros itens, o preço sobe para R$ 121 mil.
O desempenho do A3 Sedan 1.4 não faz feio. A depenada de conteúdo é que pode deixar frustrado quem abriu mão de seu Civic, Corolla, Jetta ou Focus para se aventurar no doce dos sedãs alemães, mas é o preço que se paga para levar o valor agregado para a garagem.
(*) Viajou a convite da Audi do Brasil.