Força tarefa simula incêndios

06/08/2012 às 09:25.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:12
 (Marcelo Prates)

(Marcelo Prates)

A falta de chuvas entra em seu período mais crítico a partir de agosto, trazendo com ela o drama das queimadas em Minas Gerais. Após o ano atípico de 2011, com uma estiagem fora dos padrões e incêndios que devastaram 44.830 hectares apenas nas áreas internas das 294 unidades de conservação estaduais, entre eles o do Roa-Moça, Minas Gerais adotou um plano de ação especial para a prevenção e combate aos incêndios florestais para 2012. Os investimentos passam de R$ 26 milhões.

Pela primeira vez na história do Estado, a Força-Tarefa Previncêndio criada para esse trabalho realizou simulados em unidades de conservação estaduais, nos quais foram reproduzidas as piores condições de um incêndio de grandes proporções.

O Coordenador da Força-Tarefa, Henri Collet, explica que esses simulados, num total de sete, foram importantíssimos. "Tivemos oportunidade de testar os planos de prevenção de cada parque, ver o que é funcional e o que não é e com isso diminuir o tempo de resposta aos sinistros", afirmou o coordenador. O último deles foi realizado na Área de Proteção Ambiental no Rio Pandeiros, no Norte do Estado, dia 6 de julho.

Outro diferencial que a força - tarefa mineira de combate a incêndios tem neste ano é o reforço na equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento sustentável e do Instituto Estadual de Florestas (IEF) . O coordenador diz que foram contratados 40 brigadistas, resolvendo uma lacuna verificada no ano passado. "Não tínhamos esse pessoal contratado, existiam apenas os guardas dos parques. Eles ficam lotados nas nossas bases em Viçosa, Curvelo e Januária à espera da demanda". Agora, temos o reforço no período crítico desses brigadistas, que passaram por um intenso treinamento,
bem como, o aumento no quadro do IEF dos monitores ambientais nas unidades de conservação estaduais. Atualmente, eles são 600.

AVIÕES
Além de contar com os helicópteros e aviões da Semad, da Polícias Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros, a Força tarefa já conta com quatro aviões do tipo air- tractor, que foram locados pela Semad para reforçar a frota de combate ao fogo. Esses aviões, explica o coordenador, são como tratores, como o próprio nome diz. São monomotores com capacidade para carregar 2 mil litros de água, com grande autonomia: a manutenção é feita a cada 50 horas.

"Essas aeronaves estão à nossa disposição. Duas estão na base principal da Força - Tarefa, em Curvelo, e as outras duas estão na sub base de Januária. Caso haja necessidade, poderemos recorrer a até nove aviões airtractor", afirma Henri.

Localizada no Aeroporto de Curvelo, de onde pode chegar a qualquer ponto de Minas Gerais em duas horas, a base da força - tarefa é equipada com um sistema de recepção de focos de calor via satélite e
veículos avançados que incluem, além dos aviões air- tractor, helicópteros e aeronaves de transporte de pessoal , equipamentos e de monitoramento.

"O ano passado foi atípico, tivemos uma quantidade de focos muito maior do que o normal. Por isso, neste ano estamos muito mais preparados e fortalecidos, embora os prognósticos apontem para uma umidade bem maior", diz o coordenador. Para ele, todos os novos equipamentos são muito bem-vindos, mas eles apenas complementam a ação daqueles profissionais que estão, literalmente, na linha do fogo.

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