Formalização de pequenos negócios sobe o morro do aglomerado da Serra

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
25/07/2013 às 07:11.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:22

Antenados à demanda da comunidade, pequenos empreendedores do Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, estão correndo atrás da formalização dos negócios.    É o caso do cabeleireiro Argemiro Antunes Dias, que há dois meses tornou-se empreendedor individual e passou a ter registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).   “Trabalho nesse ramo há 12 anos, no mesmo lugar, com uma clientela fiel. Mas a formalidade é tudo de bom, traz mais segurança e permite que eu invista cada vez mais para atender melhor às pessoas”, afirma Dias.   A guinada no negócio teve o auxílio de agentes do Sebrae Minas, que orientam empreendedores do aglomerado a sair da informalidade. Ontem, o programa “Sebrae em Ação” promoveu uma série de palestras e oficinas na região.   “A movimentação econômica aqui dentro é muito grande, mas a maioria ainda é carente de orientações e consultoria”, diz a analista do Sebrae Minas Márcia Valéria Cota Machado.   Expectativa   A possibilidade de ser dono do próprio negócio e crescer profissionalmente é o que motiva os empreendedores locais. Há quatro anos, Isaías Lopes Rodrigues vende “quentinhas” nas ruas do Centro de Belo Horizonte, mas, até o final do mês, seu primeiro restaurante será inaugurado na Serra.   “Venho observando as pessoas e aprendendo o que devo fazer. Cortei todos os meus gastos desnecessários e, agora, vou abrir meu estabelecimento sem dever nada a ninguém”, afirma.   Já o casal Clara Oliveira e Edson dos Santos partiu de uma observação despretensiosa para o projeto de um bufê de festas infantis. “Tem gente que acha que em aglomerados as pessoas não fazem festas, mas as daqui são até mais divertidas, só que faltam espaço e serviço adequados, por isso, decidimos abrir nosso negócio aqui”, diz Clara.   De acordo com Márcia Machado, a expectativa é a de que o “Sebrae em Ação”, que desde ontem promove uma série de palestras, oficinas e consultorias gratuitas aos empreendedores e interessados em abrir o próprio negócio, termine hoje com a a capacitação de 500 empreendedores individuais no Aglomerado.   “O programa busca levar a essas pessoas o enquadramento de seus negócios. Ter um CNPJ abre portas e permite, inclusive, o acesso ao sistema previdenciário”, afirma a analista.

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