Forno de Minas foca no food service para crescer 25% em 2015

Bruno Porto - Hoje em Dia
07/06/2015 às 08:51.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:22
 (Eugênio Moraes / Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes / Hoje em Dia)

Muito além do pão de queijo. É assim, com a diversificação do mix de produtos, que a Forno de Minas, tradicional indústria de alimentos mineira das famílias Mendonça e Vicente Camiloti, planeja em tempos de crise faturar R$ 300 milhões em 2015, um salto de 25% sobre o ano passado. O fortalecimento da marca em outros continentes é também parte da estratégia comercial – essa mais de longo prazo, visando se firmar em grandes mercados como Estados Unidos e Europa.

Com a economia nacional andando de lado, ou mesmo dando passos para trás, a Forno de Minas segue colocando novos produtos no mercado, tentando driblar a redução do tíquete médio pago nos supermercados, e ajustando o foco no chamado food service – produtos consumidos em cafés e lanchonetes.
A marca lançou recentemente linhas de waffles, de massas frescas e, em breve, chegará as gôndolas uma linha de quiches. “Há, em desenvolvimento, uma nova linha para o segundo semestre e nosso foco é o food service. Estamos aumentando nossa equipe comercial para conseguir manter o ritmo de crescimento”, afirmou o presidente da companhia, Helder Mendonça.

De acordo com ele, de janeiro a abril, o aumento do faturamento sobre o mesmo período do ano passado é de 25%.

Conspiração

O desempenho favorável no mercado doméstico é reforçado pelo que Helder Mendonça chama de “conspiração positiva de fatores” no cenário externo. “Estamos surfando na onda de crescimento do consumo dos produtos naturais e sem glúten nas economias maduras. E com a exposição do Brasil lá fora com Copa do Mundo e, agora, Olimpíadas. Ainda temos em nosso favor o fortalecimento do dólar sobre o real”, disse.

A Forno de Minas recém inaugurou um escritório nos Estados Unidos e vai abrir, ainda em 2015, outro em Portugal. Embora já esteja presente nesses mercados por meio de distribuidores, a empresa agora eliminou intermediários e negocia diretamente com os clientes.

“O distribuidor vende uma carteira de produtos. Quando entramos com escritório próprio, a negociação tem foco 100% nos produtos da Forno de Minas. Conseguimos atender perfis diferentes. Um cliente médio não compra um contêiner inteiro, mas faz aquisições menores e frequentes”, disse.

O capital societário da Forno de Minas está hoje dividido entre a família (71%) e um fundo de private equity (29%) que aportou capital em 2010 e viabilizou os planos de crescimento. Helder Mendonça não descarta novas vendas de participação para capitalização. “Existem planos grandes de expansão em estudo, como uma outra planta (industrial), mas agora não é o momento”, afirmou.

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