(Divulgação/FEMSA)
A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) vai concluir, até o fim de maio, a construção do gasoduto que levará gás natural à fábrica da Coca-Cola em Itabirito, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), viabilizando o primeiro projeto de cogeração de eletricidade a partir do combustível no Estado. Na cogeração, eletricidade e energia térmica são produzidas simultaneamente a partir de um combustível. O projeto é resultado de uma parceria da Gasmig com a Air Liquide. O gasoduto vai derivar do ramal principal próximo da Lagoa dos Ingleses e seguirá à margem da BR-040, até chegar à fábrica. Ao todo, oito quilômetros de dutos serão implantados mediante investimento de R$ 7 milhões, montante aportado pela Gasmig. Embora o preço do gás estipulado no contrato não tenha sido informado, o diretor Comercial da Gasmig, Roberto Garcia, afirma que o valor do metro cúbico do combustível foi “bastante competitivo” na comparação com a energia hidrelétrica. “Além disso, os projetos de cogeração são altamente eficientes”, afirma. Segundo ele, nesse tipo de projeto, a eficiência energética gira em torno de 80%. Ou seja, 80% do gás são aproveitados. A título de comparação, as placas fotovoltaicas, que produzem energia solar, têm eficiência próxima de 20%. Na fábrica da Coca-Cola, o gás natural terá quatro funções. Primeiro, os motores queimarão o combustível, gerando eletricidade. Com os gases quentes restantes será possível esquentar a água, refrigerar o ambiente e produzir gás carbônico, utilizado nos refrigerantes. Em Minas Gerais, a Gasmig possui 409 clientes. A Coca-Cola, por meio da Air Liquide, é o primeiro de cogeração. “Queremos ampliar, e muito, esse mercado”, diz Garcia. Leia a matéria completa na Edição Digital