Governo que prometia 'pibão' entrega recessão, mais grave da história, diz Aécio

Estadão Conteúdo
03/03/2016 às 13:45.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:39

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira, 3, que a queda de 3,8% do Produto Interno Bruto, divulgada esta manhã pelo IBGE, confirma as previsões mais pessimistas: a economia brasileira teve o pior desempenho em 25 anos e caminha para a mais prolongada retração do período econômico. Para o tucano, que ainda não se pronunciou sobre a delação feita pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) que implicaria a presidente Dilma Rousseff, a única alternativa para sair da crise é "mudar o governo que aí está".

"O governo que prometia 'pibão' entrega recessão, a mais grave de toda a história. O grupo político que se vangloriava de estar a salvo da 'marolinha' das crises internacionais, agora, está atolado na lama, e junto levou a economia do País", afirmou Aécio, em nota.

Para o tucano, o inferno da economia brasileira não está ligado a fatores externos, "como provavelmente argumentarão - mais uma vez os petistas". Segundo ele, o responsável único pelo desastre é o governo do PT com "suas políticas malsucedidas, suas opções equivocadas e sua arrogância em desdenhar os avisos recorrentes feitos pelos mais variados analistas, ao longo de anos".

Aécio disse que as estatísticas frias apenas dão contornos aos dramas observados nas ruas do País diariamente e citou o aumento impressionante do desemprego, a escalada da inflação, a paralisia da atividade econômica, o desalento e a desconfiança.

"Não há quem alimente expectativa de que, com o atual grupo político no poder, a situação do País possa mudar. Não há confiança na economia e a presidente da República não inspira um pingo de credibilidade. Não satisfeito, seu partido insiste em aprofundar o que já se mostrou desastroso", criticou.

DEM

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), fez coro a Aécio e disse que, diante do resultado do PIB, somente com um novo governo será possível resgatar a credibilidade. Líder ruralista, Caiado disse que, não fosse a agricultura, a deterioração econômica teria sido maior e a queda da economia brasileira poderia chegar a 4,5% no ano passado.

"A previsão é péssima para 2016 e o remédio é um só, não tem outro: é exatamente a antecipação das eleições e buscarmos um novo governo que possa resgatar a credibilidade e estimular o cidadão a acreditar no País. O que está aí realmente não tem nenhuma capacidade de recuperar e a agricultura poderá ir para o abismo que levou os outros setores da economia brasileira", destacou ele, em entrevista.

Para Caiado, após a delação de Delcídio, o ajuste fiscal perde importância e o ideal seria a realização de novas eleições antecipadas após a cassação da chapa Dilma e do vice Michel Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele disse ainda que só um novo presidente poderá apresentar reformas como previdenciária, trabalhista, tributária e política.

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