Governo quer estimular segmento de máquinas e setor de autopeças

Estadão Conteúdo
05/07/2014 às 14:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:16
 (Renato Cobucci)

(Renato Cobucci)

Preocupado com o desempenho da indústria, e da cadeia produtiva de veículos em especial, o governo trabalha para lançar, ainda neste ano, um pacote para estimular o segmento de máquinas e equipamentos e o setor de autopeças. Segundo informou ao Estado o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, os estímulos são prioritários para a presidente Dilma Rousseff, que planeja um programa de longa duração, de dez anos, para aumentar a produtividade da economia.   "Nosso parque fabril, todo ele, está envelhecido e isso acaba incentivando a compra de máquinas e equipamentos importados, mesmo que eles tenham ficado mais caros com a desvalorização do câmbio. Então apenas o câmbio não basta para incentivar a indústria", afirmou Borges, em entrevista em seu gabinete, em Brasília. "Vamos modernizar a economia e capacitar setores que já foram de vanguarda, como o de autopeças, que hoje sofrem muito."    Há seis meses no cargo e próximo da presidente Dilma Rousseff, o ministro do Desenvolvimento, que presidiu a Agência Brasileira para Desenvolvimento Industrial (ABDI) por três anos, criticou estratégias de proteção da indústria brasileira sustentadas no fechamento da economia. "Pode parecer mais fácil proteger, elevar o imposto de importação e tal, mas isso nunca modernizará o parque industrial. Temos de dar as condições para competir, isso sim."   O programa de renovação do parque industrial, como revelou o Estado, foi sugerido ao governo pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), em maio. A presidente Dilma Rousseff gostou da ideia e imediatamente colocou os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Mauro Borges para elaborar um programa de governo. "Haverá a concessão de crédito presumido na venda de maquinário nacional, e uma linha importante do BNDES", disse Borges.   Restrições. Diante da falta de espaço fiscal à disposição do governo, que sofre da perda de credibilidade na área depois das manobras conduzidas pelo Tesouro Nacional ao longo de 2012 e 2013, o governo trabalha com outro formato. Segundo Borges, o governo deve até anunciar o pacote neste ano, mas ele efetivamente começará no ano que vem. (*Com jornal O Estado de S. Paulo)

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