Greve de auditores prejudica empresas mineiras

Marcos dos Anjos - Do Hoje em Dia
21/06/2012 às 22:32.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:00
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

As empresas que têm atividades de comércio exterior em Minas Gerais estão enfrentando atrasos de um dia nos trâmites de importação e exportação de mercadorias no porto seco Granbel, em Betim, em razão da operação-padrão dos Auditores Fiscais da Receita Federal, inciada na segunda-feira (18). De acordo com a seção de despacho aduaneiro do porto, o processo de liberação que antes demorava em média 48 horas agora está levando três dias.
 
Desde o início da semana, filas de caminhões se formam aguardando a liberação de mercadorias. Já no setor de cargas do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, a paralisação ainda não tem provocado atrasos, de acordo com a Assessoria de Imprensa.

João Paulo Neves de Carvalho, da seção de despacho aduaneiro, conta que os atrasos tendem a piorar porque o porto não teria capacidade de suportar mais dois ou três dias de operação-padrão, que consiste na adoção de critérios mais rígidos de inspeção em amostragens maiores em relação aos períodos normais, em Confins e no porto seco, provocando lentidão nas liberações.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (DS/BH-Sindifisco Nacional), Luiz Sérgio Fonseca Soares, o movimento é uma reação da categoria em relação à diminuição do controle pela Receita Federal das mercadorias que entram e saem do Estado. “Atualmente, apenas 10% das cargas passa por controle. Os outros 90% entram pelo canal verde, que é quando a mercadoria é liberada sem passar por nenhum controle fiscal”, explica.

Já o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Minas Gerais (Sdamg) estima que a operação-padrão atrase em até oito dias o processo de liberação de cargas. “Um movimento desse tipo pode afetar quase 100% das empresas porque o Estado é muito ativo no comércio exterior. Serão atingidas principalmente aquelas empresas que dependem de matéria-prima importada, gerando custos de cerca de R$ 500 por dia que os caminhões aguardam na fila”, afirma.Segundo o Sindifisco, todos os 69 auditores do porto seco e Confins adediram à paralisação.

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