Grupo Alimentação puxou a inflação da baixa renda, diz pesquisa FGV

Agência Estado
10/04/2014 às 09:39.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:03

A inflação dos alimentos foi a principal responsável pela aceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1). O grupo Alimentação saiu de 0,47% em fevereiro para subir 1,85% em março. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), os itens que mais impulsionaram o indicador foram batata-inglesa (42,30%), tomate (36,65%) e leite longa-vida (3,19%). No conjunto, o subgrupo hortaliças e legumes subiu 19,55%, ante 2,02% em fevereiro.

Além dos alimentos, outras três classes de despesa entre as oito pesquisadas tiveram aceleração na passagem do mês: Habitação (0,47% para 0,54%), Educação, Leitura e Recreação (0,39% para 0,85%) e Vestuário (0,11% para 0,33%). Nestes grupos, os destaques partiram dos itens tarifa de eletricidade residencial (-0,40% para 0,19%), hotel (-1,57% para 1,25%) e roupas (-0,14% para 0,43%), respectivamente.

No sentido contrário, desaceleraram Despesas Diversas (1,14% para 0,21%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,48% para 0,29%), Comunicação (0,28% para -0,22%) e Transportes (0,39% para 0,28%). Nestas classes de despesa, as principais influências partiram dos itens: cigarros (1,69% para 0,00%), medicamentos em geral (0,16% para 0,03%), tarifa de telefone residencial (0,01% para -0,49%) e tarifa de ônibus urbano (0,31% para -0,08%), respectivamente.

Mesmo patamar

A taxa do IPC-C1 de março, de 0,85%, foi idêntica à inflação média apurada entre as famílias com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos. O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Br) também mostrou alta de 0,85% no mês passado. Ambos são calculados pela FGV. A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 acelerou de 5,00% em fevereiro para 5,10% até março de 2014, mas segue em patamar inferior em relação ao IPC-BR, que subiu 6,09% em igual período. Apesar disso, cinco das oito classes de despesa do IPC-C1 ficaram pressionadas acima do índice geral, no período de 12 meses. Entre elas Alimentação (5,99%), Educação, Leitura e Recreação (7,24%) e Despesas Diversas (8,72%). O que contém o índice é o grupo Transportes, com deflação de 0,33% na inflação anualizada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br

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